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Aliado de Malafaia assume comando da bancada evangélica em meio a disputa interna

Contrário à sua candidatura, Sóstenes avalia que Damares não consegue lidar com contrapontos. Foto: Vinicius Loures/Ag. Câmara

Contrário à sua candidatura, Sóstenes avalia que Damares não consegue lidar com contrapontos. Foto: Vinicius Loures/Ag. Câmara

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) é o novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional. O deputado foi empossado nesta quarta-feira (9) e liderará uma das bancadas mais importantes, composta por 115 deputados e 14 senadores.

No final de 2020, Cavalcante fechou um acordo com o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) para revezarem a presidência da bancada em 2021 e 2022. No entanto, segundo o jornal O Globo, a troca de comando não foi pacífica e contou com bate-boca entre os parlamentares.

Cezinha faz parte da Assembleia de Deus Ministério Madureira, chefiada pelo bispo Samuel Ferreira. Já Sóstenes Cavalcante representa a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, de Silas Malafaia. O atrito começou em dezembro do ano passado, no culto realizado na posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.

Na cerimônia, que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL), o bispo Ferreira fez campanha para que Cezinha continuasse como presidente da bancada. Malafaia não gostou e os líderes religiosos começaram a trocar ofensas nas redes sociais.

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Na cerimônia de hoje, Cezinha fez um discurso voltado para a união da bancada evangélica. “Nós somos unidos, não tem nada de dividido aqui. Esta guerra não é contra nós, é contra as potestades malignas, não é um tipo de comentário que vai nos separar. Nada vai nos separar”, afirmou o parlamentar.

Cezinha confirmou que sairia do cargo, mas destacou que o acordo não havia sido formalizado, havendo apenas um combinado. Sóstenes reagiu, afirmando que houve sim o acordo, escrito em ata de uma assembleia do bloco. O conflito só foi solucionado após a intervenção do deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), que frisou que o impasse já estava “pacificado”.

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