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Eduardo diz a senadores que se preparou “a vida toda” para ser embaixador

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) [fotografo] Agência Câmara [/fotografo].

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse a senadores que se preparou “a vida toda” para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. A declaração foi dada em jantar no qual participaram nomes como  do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).

“24 senadores estavam dispostos lá a conversar com ele. Falou do interesse dele em ser embaixador, o quanto ele se preparou a vida toda e que não é uma decisão do pai dele, tem que haver uma aprovação no Congresso”, disse o anfitrião senador Lucas Barreto (PSD-AP).

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O jantar feito na terça-feira (27) na residência oficial de Barreto em Brasília funcionou como uma “pré-sabatina” para a indicação do deputado à embaixada do Brasil nos Estados Unidos.O congressista afirmou que Eduardo Bolsonaro causou uma boa impressão entre os senadores que estavam presentes.

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No entanto,ele deixou claro que nem não era porque estavam presentes no encontro que os senadores são favoráveis ao desejo de Eduardo. O político do PSD só falou por si e disse que estava indeciso quanto ao voto, mas que depois da exposição é favorável a Eduardo.

O encontro foi articulado pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), irmão mais velho de Eduardo e que tem atuado nos bastidores para facilitar o caminho da indicação para embaixada.

“Todo mundo gosta do Flávio, essa é que a verdade. Quase não falou nada lá, tem um sentimento diferente, trabalha muito nos bastidores”, disse o senador do Amapá.

“Minha casa é um ponto de encontro e o Flávio havia me pedido esse encontro porque o Eduardo queria conhecer os senadores. Eles sabem que ninguém vota sem conhecer. E sabem que tiver uma pré-sabatina fica mais fácil”, contou, explicando que os senadores que terão a responsabilidade de sabatiná-lo na Comissão de Relações Exteriores do Senado queriam conhecer mais as qualidades do deputado para o cargo.

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O congressista do PSD também comentou a peregrinação que Eduardo tem feito pelo senado em busca de votos e destacou a conversa com Antonio Anastasia (PSDB-MG). “Clima muito bom. Anastasia disse que ele foi muito gentil, não pediu voto”.

O tucano não revelou sua posição quanto a indicação de Eduardo e disse que só vai se manifestar na hora da sabatina.

Apesar de admitir que o presidente Jair Bolsonaro só deve enviar a indicação do filho à embaixada para o Senado quando tiver certeza que Eduardo será aprovado na Casa, Lucas Barreto negou os comentários de que Eduardo e o pai estão adiando a indicação por insegurança em relação aos votos que o deputado vai ganhar no Senado. “Ele está mais seguro do que nunca, está se preparando”, garantiu o anfitrião.

Ele acredita, então, que a indicação de Eduardo ainda não foi formalizada porque o governo não quer misturar dois temas polêmicos no Senado. “Temos a reforma da Previdência e a reforma tributária, além da questão da Amazônia. É complicado colocar tudo ao mesmo tempo”, disse.
Presidente da CRE do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS) não pôde participar do jantar, mas acredita que a indicação deve ser formalizada na próxima semana. “Está em tempo”, garante.

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