Publicidade

Wilson Witzel, à direita, durante campanha em 2018 quando Daniel Silveira quebrou a placa com nome da vereadora [fotografo] Reprodução [/fotografo]

Witzel quer usar Marielle de escudo, critica irmã de ex-vereadora

16.06.2021 17:54 0

Publicidade

Anielle Franco, irmã de Marielle, vereadora do Psol assassinada pela milícia em 2018, usou as redes sociais para criticar a fala do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, na CPI da Covid nesta quarta-feira (16).

A jornalista lembrou que durante a campanha eleitoral para o governo do estado, quando ainda era aliado de Jair Bolsonaro, Witzel apoiou a quebra da placa com o nome da vereadora por Daniel Silveira (PSL-RJ).

Em depoimento aos senadores na manhã de hoje, Witzel disse acreditar que o início do seu processo de impeachment se deu a partir do momento que, enquanto governador, a Polícia Federal iniciou as investigações sobre a morte da vereadora.

“A partir do momento do caso Marielle é que eu percebi que o governo federal e o próprio presidente começaram a me retaliar”, afirmou.

“Fui acusado de forma leviana de interferir na Polícia Civil do Rio de Janeiro, o que não é verdade, não há prova e foi uma afirmação leviana. A partir daquele momento, do caso Marielle, é que eu percebi que o governo federal e o próprio presidente começaram a me retaliar. Depois desse evento, não fui mais recebido no Palácio do Planalto”, apontou.

Publicidade
Publicidade

Afastado pela Justiça em setembro do ano passado por suspeita de corrupção na área da saúde durante a construção de hospitais de campanha, Witzel foi destituído do cargo por um processo de impeachment em abril  de 2021, quando também perdeu os direitos políticos por cinco anos.

O Instituto Marielle também usou as redes para comentar o depoimento de Witzel:

“Mas ele como governador era o mínimo a ser feito e mesmo assim, depois de 1190 dias, ainda não sabemos o mandante do crime”, afirmou a entidade.

CPI da Covid

Em depoimento tenso desde o início, Witzel chegou a dizer que corre risco de morte. Houve bate-boca entre Witzel e o senador Flávio Bolsonaro, que acompanhava a sessão e também discutiu com colegas da Casa. “Se você fosse mais educado e menos mimado você ouviria”, disse ao filho do presidente.

Em depoimento, o ex-governador disse ainda que carreatas a favor do presidente Bolsonaro e contra o isolamento social no Rio de Janeiro contaram com a organização dos deputados estaduais Alana Passos (PSL-RJ), Anderson Moraes (PSL-RJ), Filippe Poubel (PSL-RJ) e o congressista Otoni de Paula (PSC-RJ).

Por volta das 14h15, o ex-governador interrompeu a fala do senador Eduardo Girão e se retirou da sessão, com a promessa de retornar e falar sigilosamente com os membros da CPI sobre seu processo de impeachment.

 

 

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

JUNTE-SE A NÓS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

Seja Membro do Congresso em Foco

Apoie