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Deputada perdeu filho em acidente de trânsito em 2009

“Não sei preço de cadeirinha, sei de caixão”, diz deputada que perdeu filho em desastre automobilístico

05.06.2019 17:07 4

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O projeto de lei enviado na terça-feira (4) pelo presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza as regras sobre a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é alvo de inúmeras críticas de deputados e senadores na sessão do Congresso que acontece desde o meio da tarde desta quarta-feira (5) no plenário da Câmara.

Entre outras coisas, o texto propõe o fim da multa para motoristas que transportarem crianças de zero a sete anos e meio sem cadeirinhas. Atualmente, isso é considerado uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47.

Em um discurso emocionante e muito aplaudido, a deputada Christiane Yared (PL-PR) lembrou o acidente que matou seu filho em 2009. “Não sei o preço de cadeirinha. Mas sei o preço de túmulo do cemitério, de caixão, de flores, de choro”, afirmou. Ela foi eleita pela primeira vez em 2014 com a plataforma de segurança no trânsito após a tragédia com seu filho. O motorista do veículo, o ex-deputado paranaense Luiz Fernando Ribas Carli Filho, foi condenado.

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Ontem, ela afirmou ao Congresso em Foco que irá apresentar pelo menos uma emenda ao projeto de lei apresentado pelo Executivo para alterar o texto, que sequer começou a tramitar na Casa.

“Nunca imaginei que pudesse haver um governo com uma maldade tão grande a ponto de querer morte de criancinhas”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que afirmou que a proposta vai na contramão da lógica.

Os dois foram apenas dois de vários congressistas que subiram à tribuna da Câmara para criticar a proposta e tocaram neste ponto. (Veja aqui o texto enviado pelo Executivo)

O ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes, que assina a proposta, afirmou na justificativa do texto que a mudança busca “evitar exageros punitivos”. Segundo ele, a proposta pretende “desburocratizar” e “tornar a vida do cidadão mais fácil”. “Quem prestar atenção no projeto vai ver uma pegada de inovação digital. O motorista vai andar com os documentos dele no celular, e quem vai centralizar essas ações é o Denatran”.

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Ao entregar pessoalmente o texto ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – uma demonstração da importância que o assunto tem para o presidente -, Jair Bolsonaro afirmou que a proposta é ampla. “É um projeto que parece simples, mas atinge todo o Brasil. Todo mundo é motorista ou anda em um veículo automotor”.

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4 respostas para ““Não sei preço de cadeirinha, sei de caixão”, diz deputada que perdeu filho em desastre automobilístico”

  1. Carlos Cesar Souza disse:

    Explora a morte do filho em plenário para ganhar notoriedade, quando ela deveria se auto responsabilizar pela morte do filho, isso ao invés de querer culpar o estado.
    A Lei tá ai para ser cumprida e isso não justifica a industria das multas. DEPUTADA IRRESPONSÁVEL.

  2. Felix A Macedo disse:

    A família de Bolsonaro recebeu 44 multas de trânsito nos últimos anos. Michele tem 44 pontos na carteira. A atitude de Bolsonaro é de vingancinha contra a lei. É pior do que criança mimada. É transtorno psiquiátrico grave!

  3. luciano damiao disse:

    Salve-se quem puder, o Bozo enlouqueceu, só mesmo o Queiroz abrindo o bico para nos salvar de toda essa milicia governamental.

  4. Raquel Fernandez disse:

    Bolsonaristas criminosos, assassinos, milicianos

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