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Relator da PEC dos Combustíveis adia entrega do parecer

Relator da PEC dos Precatórios e líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) pretende deixar matéria pronta para ir a plenário. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O texto da PEC foi apresentado pelo relator, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), na sessão desta quarta-feira. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 16/2022, chamada de “PEC dos Combustíveis”, adiou a entrega do relatório da proposta para esta terça-feira (28). Segundo a assessoria do parlamentar, ainda é necessário esperar as “conclusão das avaliações técnicas e jurídicas sobre os temas relacionados à PEC 16/2022”.

A proposta deverá ser apresentada às 11h e votada pelo plenário do Senado na quarta-feira (29). 

Apresentada pelo líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), a PEC faz parte do pacote dos combustíveis, uma tentativa do governo em conter a alta do preço da gasolina.

Antes, a emenda constitucional tinha como objetivo compensar Estados pela redução das alíquotas de ICMS para diesel e gás de cozinha. Mas por não haver acordo com os governos estaduais, o Executivo decidiu mudar o teor da PEC e usar o montante para ampliar benefícios sociais já em curso. Além de criar um “voucher” no valor de R$ 1 mil a ser pago aos caminhoneiros autônomos. 

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Segundo Bezerra, é estudada a inclusão de uma compensação financeira aos estados pelo transporte público gratuito de idosos. De acordo com os cálculos do relator, as eventuais mudanças no texto, se aprovadas, podem elevar o impacto fiscal da PEC de R$ 29,6 bilhões para R$ 34,8 bilhões.

Pelos cálculos do relator, com a aprovação e sanção da proposta, os benefícios só seriam pagos a partir do fim de julho ou início de agosto.

Veja estimativa de gasto com o novo texto:

Vale ressaltar que todas essas medidas, se aprovadas, valerão apenas até o final deste ano. Isto porque a legislação impede a criação de novos benefícios sociais em ano eleitoral. Pela lei, somente benefícios em programas autorizados e já em execução orçamentária podem ser concedidos.

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Há, contudo, uma brecha para casos de calamidade pública ou de emergência. Segundo o relator, a possibilidade de reconhecer estado de emergência no setor de transportes é também estudada pelo governo. Se feito, viabilizaria a criação do “voucher” pago aos caminhoneiros.

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