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Com a ajuda da PF, núcleo que vai apurar fake news integra terceira linha de investigação do trabalho do relator da CPI, Renan Calheiros [fotografo] Edilson Rodrigues/Agência Senado [/fotografo]

Renan: havia disputa na Saúde entre militares e o Centrão

27.07.2021 16:26 0

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Os depoimentos marcados na CPI da Covid com a volta dos trabalhos após o recesso parlamentar de meio de ano ajudarão na apuração da disputa de poder e dinheiro no Ministério da Saúde entre os grupos ligados aos militares e ao Centrão. Essa é a expectativa do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), conforme relatou ao Congresso em Foco.

A preferência que se observa pela busca por fechar contratos com o uso de atravessadores está no cerne dessa disputa. E os depoimentos desta semana centram-se nesses atravessadores. Na terça-feira (3), a CPI ouve o reverendo Amilton Gomes de Paula. A ONG ligada ao reverendo, a Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) aparece como intermediária na aquisição de vacinas da AstraZenaca, contratadas junto à empresa Davati Medical Supply. É nesse processo que o cabo da PM Luiz Paulo Dominguetti afirma que o ex-secretário de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias teria lhe pedido uma propina de US$ 1 por dose adquirida.

Na quarta-feira (4), o depoimento previsto aponta para outra intermediação, a da Precisa Medicamentos para aquisição da vacina indiana Covaxin. Irregularidades nesse processo foram denunciadas pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) e por seu irmão Luís Ricardo, funcionário do Ministério da Saúde. Na quinta (5), a CPI segue com foco na Precisa, ouvindo o advogado da empresa, Túlio Silveira.

Ao Congresso em Foco, Renan comenta que há um nome envolvido nessas duas transações e em vários outros momentos já apurados pela CPI: o coronel Elcio Franco. Hoje assessor da Casa Civil, Elcio foi o número 2 do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello.

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Quando os militares chegaram ao ministério, encontraram ali os grupos já montados do Centrão, remanescentes dos tempos do hoje líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) como ministro da Saúde, diz Renan. Para o senador, houve ali uma disputa de poder entre os dois grupos. “Por isso que o Centrão agiu para demitir Pazuello”, conclui Renan. Os detalhes dessa luta intestina no ministério e suas consequências são um dos focos da investigação da CPI.

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