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França exige medidas contra desmatamento e corrupção para ingresso do Brasil à OCDE

O presidente Francês, Emmanuel Macron, é crítico às políticas de governo de Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução / Twitter / Emannuel Macron [/fotografo].

O governo da França colocou a condição de que o Brasil adote medidas contra o  desmatamento e a corrupção para que tenha seu voto favorável à entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O país ainda enfatizou que o ingresso de qualquer país ao bloco só é possível com aprovação unânime dos demais membros.

“A França estará extremamente atenta durante todo este processo para obter de todos os candidatos progressos sérios, concretos e mensuráveis no terreno em diversas áreas prioritárias, particularmente na luta contra o desmatamento e a mudança climática, na proteção da biodiversidade, em medidas contra a corrupção ou na abertura das economias”, declarou o governo Francês em carta.

Na semana passada, o governo brasileiro recebeu carta do bloco econômico com convite para iniciar as negociações para adesão depois de aprovação do Conselho de Ministros do grupo. Além do Brasil, também receberam convite a Argentina, Peru, Bulgária, Croácia e Romênia. A previsão é que as negociações aconteçam ao longo do período de três a cinco anos.

O convite foi celebrado pela equipe do Palácio do Itamaraty, que tinham a adesão à OCDE como prioridade na agenda diplomática brasileira desde o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003). No entendimento da pasta, a carta divulgada pela França foi um recado direcionado ao Brasil, uma vez que o presidente Emmanuel Macron mantém postura crítica ao governo Bolsonaro, sobretudo nas discussões que envolvem as políticas climáticas e ambientais do presidente brasileiro.

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Além de questões ambientais, a organização adotou a exigência de padrões econômicos e educacionais para os países cotados. Segundo informações do Poder360, O Brasil já adotou mais de 100 das 253 condições da OCDE. Para sanar os demais que faltam, serão necessárias mudanças de políticas econômicas, como a reforma tributária e a diminuição no número de estatais.

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