Ex-secretário de Esportes na gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o general Décio Brasil atribuiu sua exoneração ao fato de ter apresentado resistências à nomeação de Marcelo Magalhães ao cargo de chefe do Escritório de Governança do Legado Olímpico. Magalhães é padrinho de casamento do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ). A análise foi pelo general em entrevista concedida à Folha de S. Paulo.
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“Acho que o principal motivo foi o fato de eu ter sido reticente na nomeação do Marcelo Magalhães para o escritório do Rio—Escritório de Governança do Legado Olímpico, órgão que administra o Parque Olímpico da Barra. Talvez isso tenha desagradado o presidente, porque a minha exoneração já foi junto com a nomeação dele para o meu lugar”, afirmou Décio Brasil.
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O general relatou que inicialmente resistiu à nomeação do indicado, mas acabou cedendo. Ele relatou que após a nomeação o subordinado não se reportava a ele. “Ele falou que não ia conversar comigo, que só ia conversar com o ministro, com o presidente ou com o senador”
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O ex-secretário especial do Esporte, general Décio dos Santos Brasil.
[fotografo]Valter Campanato/Agência Brasil [/fotografo]
Segundo Décio Brasil, sua demissão foi comunicada pelo ministro Onyx Lorenzoni (Cidadania), que não apresentou nenhuma justificativa, disse apenas que “precisaria do cargo”, nas palavras do general.