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André Mendonça envergonha evangélicos, diz Malafaia

Aliado de Bolsonaro, atacou Alexandre de Moraes e André Mendonça. Foto: Reprodução

Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o pastor Silas Malafaia atacou o Supremo Tribunal Federal por ter condenado o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ) a oito anos e nove meses de prisão nessa quarta-feira (20). Em vídeo publicado em suas redes sociais no início da tarde, Malafaia chamou os presidentes da Câmara e do Senado de “covardes” e “frouxos” e disse que estava “terrivelmente decepcionado” com o ministro André Mendonça, pastor indicado por Bolsonaro para o Supremo que votou a favor da condenação do parlamentar. Segundo Malafaia, Mendonça “envergonha o povo evangélico” por ter se rendido a Moraes, apelidado por ele de “ditador da toga”.

Veja o vídeo:

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Aliado de Bolsonaro, o pastor carioca disse que o Supremo virou um tribunal de exceção que condena um parlamentar, por se manifestar, a uma pena superior à de um homicídio. Moraes, de acordo com Malafaia, jamais poderia ter participado do julgamento. “Alexandre de Moraes é vítima, acusador, julgador e carrasco. Nem poderia participar do processo. Isso é uma vergonha. Fez mil manobras para condenar o réu. Ditador, cretino, desgraçado”, atacou.

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Acusado de traição por bolsonaristas e evangélicos, o ministro André Mendonça se defendeu nas redes sociais nesta manhã. Ele disse que é preciso “separar o joio do trigo” e que, como cristão, não pode “endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas”.

Indicado ao cargo como nome “terrivelmente evangélico” pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro afirmou que tem convicção de que fez o correto ao votar contra o deputado bolsonarista, condenado a mais de oito anos de prisão por incitar a violência contra ministros do Supremo e ameaçar instituições democráticas.

“Diante das várias manifestações sobre o meu voto ontem, sinto-me no dever de esclarecer que: [a] como cristão, não creio tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas; e [b] como jurista, a avalizar graves ameaças físicas contra quem quer que seja. Há formas e formas de se fazerem as coisas. E é preciso se separar o joio do trigo, sob pena de o trigo pagar pelo joio. Mesmo podendo não ser compreendido, tenho convicção de que fiz o correto”, escreveu o ministro no Twitter.

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