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PGR acusa Lúcio Vieira Lima de receber R$ 1,5 milhão para ajudar Odebrecht

PGR

Vieira Lima teria recebido R$ 1,5 milhão para atuar em MP de desoneração da indústria química[fotografo]Lúcio Bernardo Jr./Câmara[/fotografo]

A Procuradoria-geral da República (PGR) divulgou, na tarde desta segunda-feira (28), uma denúncia contra o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) e quatro delatores do grupo Odebrecht.

Segundo a Procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o parlamentar, que encerra seu mandato na próxima quinta-feira (fez 55.743 votos em outubro e não se reelegeu para a Câmara), recebeu R$ 1,5 milhão para atuar em favor da empresa no Congresso.

Vieira Lima foi o presidente da Comissão que analisou a MP 613/2013, transformada em lei (12.859/2013). O texto deu benefícios fiscais ao setor de industrias químicas, o que beneficiou a Braskem, subsidiária da Odebrecht.

Só de 2013 a 2015, segundo a PGR, a Braskem deixou de recolher R$ 9,5 bilhões devido à desoneração.

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Os executivos da Odebrecht afirmaram, em delação premiada, terem pago um total de R$ 6,4 milhões em propinas para ver a MP aprovada. O restante do valor, que já foi alvo de outra denúncia, teria sido destinado à cúpula do PT, já que a MP foi editada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Lúcio Vieira Lima é irmão do ex-deputado Geddel Vieira Lima, ex-ministro do governo Temer que está preso desde setembro de 2017 após a Polícia Federal ter achado R$ 51 milhões em espécie em um imóvel ligado a ele.

Dodge já pediu ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, que remeta o processo para a Justiça Federal de Brasília, já que, não reeleito em outubro, o deputado perderá foto privilegiado no dia 1 de fevereiro quando começa a nova legislatura da Câmara.

O Congresso em Foco tenta contato com a defesa de Lúcio Vieira Lima.

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