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“Extrema direita racista articulou o golpe”, diz embaixador da Bolívia

José Kinn Franco, embaixador da Bolívia no Brasil [Imagem Erick Mota]

O embaixador da Bolívia, José Kinn Franco, esteve nesta terça-feira (12) na Câmara para falar sobre a situação do seu país. Ele agradeceu a solidariedade dos partidos de oposição ao ex-presidente Evo Morales e denunciou a destituição do mandatário como golpe. “Quero fazer a denúncia deste golpe que foi construído já antes das eleições”, iniciou o embaixador.

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Segundo Franco, a derrubada de Evo foi articulada desde antes das eleições pela extrema direita. “Foi organizado e programado e foi estruturado especialmente pela extrema direita do nosso país. Que é uma extrema direita muito conservadora, violenta, racista e que está agora fazendo perseguição das lideranças do nosso partido”, afirmou o embaixador.

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José afirma não estar mantendo contato com o Itamaraty, mas que isso deve acontecer assim que o cenário se defina no país vizinho. “Estamos esperando ver como terminam os acontecimentos na Bolívia para entrar em contato com o governo Brasileiro”, disse o embaixador que promete renunciar ao cargo em breve.

Na reunião com membros da oposição, além de José, também estiveram presentes os embaixadores O embaixador de Cuba, Rolando González e a embaixadora da Nicarágua, Lorena Martínez.

De acordo com informações oficiais, Evo Morales obteve 47,07% dos votos e seu principal concorrente, Carlos Mesa, alcançou a 36,51%. A apuração, no entanto, foi marcada por polêmica, e uma missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontou problemas como a falta de segurança no armazenamento das urnas e a suspensão da apuração. No domingo (10), em meio a protestos em todo país, ameaças do exército, policiais desertados e o povo incendiar casas de parentes e aliados do político, Evo Morales renunciou ao cargo.

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*Com informações da Agência Brasil

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