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Bolsonaro ganha 65 mil seguidores “bots” em dois dias no Twitter

"Temos redutos ainda em nosso governo, (...) que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco", disse o presidente sobre a Petrobras. Foto: Isac Nóbrega/PR

"Temos redutos ainda em nosso governo, (...) que não entenderam que todos nós estamos no mesmo barco", disse o presidente sobre a Petrobras. Foto: Isac Nóbrega/PR

Um dia após o anúncio da venda do Twitter para o bilionário Elon Musk, ardoroso defensor da liberdade de expressão e de menos moderação nas redes sociais, perfis da extrema-direita nos Estados e no Brasil,  tiveram um aumento súbito de novos seguidores cujos perfis têm características de bots, os famosos robôs.

A denúncia é do fundador do site Bot Sentinel, plataforma criada por Christopher Bouzy para combater a desinformação, que analisou contas de políticos americanos e do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com Bouzy, Bolsonaro ganhou 65 mil novos seguidores desde a segunda-feira (25). Desses perfis, 61,299 foram criados desde a segunda-feira (25). A lista com os perfis criados pode ser vista aqui

“Me perguntam se essas novas contas que passaram a seguir Bolsonaro são orgânicas e a resposta curta é não. Eu não acredito que dezenas de milhares de brasileiros decidiram criar novas contas ao mesmo tempo para segui-lo porque Elon Musk comprou o Twitter”, explicou Bouzy.

A mesma movimentação foi percebida em contas de Twitter dos filhos e de políticos aliados de Bolsonaro. A deputada federal Bia Kicis ganhou, subitamente, no período de 25 a 26 de abril, 21.886 seguidores; Carla Zambelli e Carlos Bolsonaro, 25.899 cada. Helio Lopes, 10.465, Flávio Bolsonaro, 16.884. 

“Isso comprova que esse grupo mais radical gosta de trabalhar com fake news e não querem qualquer tipo de situação que controle as mentiras”, comentou o deputado Aliel Machado (PV-PR), presidente da Comissão de Ciência e tecnologia da Câmara dos Deputados.

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Christopher Bouzy denunciou a mesma movimentação em contar de políticos republicanos nos Estados Unidos. Segundo ele, democratas tiveram um decréscimo de seguidores, enquanto republicanos viram suas contas inflar.

 

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