Ícone do site Congresso em Foco

Bolsonaro tem “rabo preso” com preços internacionais do petróleo, diz Lula

Entrevista de Lula ao Jornal Nacional será sua terceira participação, tendo já concedido entrevista em 2002 e 2006. Foto: Ricardo Stuckert

Pesquisadores estão associados a instituições no Brasil e no exterior. Foto: Ricardo Stuckert

O ex-presidente Lula afirmou nesta terça-feira (24) que o presidente Jair Bolsonaro tem o “rabo preso” com a política de preços da Petrobras e não tem coragem de mudá-la. Em entrevista à rádio Mais Brasil News, Lula criticou a decisão de Bolsonaro de trocar o presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, 40 dias após sua efetivação. Esta é a terceira mudança no comando da estatal no governo Bolsonaro, e a segunda neste ano.

O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, clique AQUI e faça uma degustação gratuita de 30 dias.

“O Bolsonaro precisa parar de falar bobagem, precisa parar de ficar dizendo que tem vontade de dar murro na mesa. Não é trocando o presidente [da Petrobras], não. Se a Petrobras é tão importante, assuma ele a presidência da Petrobras. O que ele tem que ter é coragem. Porque, na verdade, o que ele tem é o rabo preso aos preços internacionais”, declarou o ex-presidente. “Ele pode fazer uma reunião com o Conselho Nacional de Política Energética, trazer a Petrobras para a mesa. Traga o conselho da Petrobras e decida que o preço não será dolarizado, que nós não vamos pagar o preço internacional”, acrescentou.

O presidente critica a política de preços da Petrobras, que considera valores praticados no mercado internacional, em dólar, para constituir os preços dos combustíveis vendidos no país. A posição de José Mauro, de defesa da manutenção da atual política, já era conhecida antes de ele ser indicado por Bolsonaro para o cargo. Para o lugar dele, deve ser confirmado o atual secretário de Desburocratização, Caio Mario Paes de Andrade.

Publicidade

Antes de José Mauro, a Petrobras foi presidida pelo general Joaquim Silva e Luna, demitido em março deste ano. Luna e Silva tinha assumido o cargo no ano passado, após a dispensa do economista Roberto Castello Branco, em fevereiro de 2021. As três demissões têm como justificativa dada pelo presidente a alta no preço dos combustíveis, em que pesem as constantes declarações dele de que não pode resolver o problema.

Sair da versão mobile