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Denúncias de assédio eleitoral cresceram quase 13 vezes em comparação com 2018

Segundo balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT), foram registradas 2.749 denúncias de assédio eleitoral nas eleições de 2022. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Segundo balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT), foram registradas 2.749 denúncias de assédio eleitoral nas eleições de 2022. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Segundo balanço do Ministério Público do Trabalho (MPT), com dados atualizados até a noite dessa quinta-feira (3), foram registradas 2.749 denúncias de assédio eleitoral nas eleições de 2022. Em comparação às eleições de 2018, quando foram registradas 212 denúncias, o aumento foi de quase 13 vezes, cerca de 1.296%.

A maioria das denúncias (97%) foram feitas após o primeiro turno, realizado no dia 2 de outubro. Ao todo, 2093 empresas foram denunciadas pela prática criminosa. Em 2018 foram apenas 98 empresas, um aumento de 2.135%, cerca de 21 vezes mais empresas.

Sozinha, a região Sudeste foi responsável por 39% das denúncias feitas ao MPT, somando 1.075 casos. Minas Gerais é o estado com mais registros, totalizando 596 casos envolvendo 432 empresas. O estado é seguido por São Paulo, com 303 casos e 257 empresas. Com 118 denúncias envolvendo 87 empresas, o Rio de Janeiro ficou em sexto lugar no ranking; enquanto o Espírito Santo ficou em 15º lugar, com 58 denúncias e 38 empresas.

Com apenas três estados, a região Sul ficou com 819 denúncias, quase 30% dos casos registrados. Paraná (302 casos), Rio Grande do Sul (260) e Santa Catarina (257) aparecem, respectivamente, em terceiro, quarto e quinto lugar no ranking dos estados com mais denúncias. 606 empresas foram acusadas de praticar o assédio eleitoral, sendo 216 no Paraná e 195 no Rio Grande do Sul e 195 em Santa Catarina.

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A região Nordeste, com 474 denúncias, concentrou 17% das denúncias, número puxado pelos 95 casos registrados na Paraíba. No Centro-Oeste, foram 244 denúncias (cerca de 9%), a maioria no Mato Grosso (84 casos). Já a região Norte teve apenas 140 casos (5%), sendo 62 deles registrados em Tocantins.

Em nota técnica, o MPT define o assédio eleitoral como “uma conduta abusiva que atenta contra a dignidade do trabalhador, submetendo-o a constrangimentos e humilhações, com a finalidade de obter o engajamento subjetivo da vítima em relação a determinadas práticas ou comportamentos de natureza política durante o pleito eleitoral”.

O aumento expressivo das denúncias chamou a atenção dos parlamentares. Na última terça-feira (25), o senador Jean Paul Prates (PT-RN) obteve o número de assinaturas necessárias para implementar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a prática.

Confira o ranking dos estados:

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