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Humorista Danilo Gentili em participação ao progrma de Fábio Porchat. Foto: reprodução

Fora da Netflix

Governo federal determina retirada de filme de Gentili e Porchat do ar

15.03.2022 11:50 0

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou a remoção, em caráter cautelar, do filme “Como se tornar o pior aluno da escola” de todas as plataformas com direito de distribuição no Brasil. O não cumprimento da decisão acarretará multa de R$ 50 mil por dia às empresas.

A determinação foi publicada no Diario Oficial nesta terça (15), um dia após o chefe da pasta, Anderson Torres, postar nas redes sociais que iria providências contra o filme após tomar “conhecimento de detalhes asquerosos”.

Também via redes socais, Torres divulgou a decisão do Ministério da Justiça desejando um “feliz dia do consumidor”.

O filme em questão é de 2017. Esta semana, influenciadores digitais de direita e ditos conservadores viralizara nas redes sociais uma cena em que o vilão da história, encenado pelo ator Fábio Porchat, pede para adolescentes o masturbarem. O filme é do humorista Danilo Gentili.

Rapidamente o assunto ficou entre os mais comentados das redes sociais. No final do dia, Porchat soltou uma nota na qual responde às acusações de apologia à pedofilia.

Leia a íntegra do posicionamento do ator:

“Como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas…

O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim.

Temas super pesados são retratados o tempo todo no audiovisual. E às vezes ganham prêmios! Jackie Earle Haley concorreu ao Oscar em 2007 interpretando um pedófilo no excelente filme ‘Pecados Íntimos’. Só que quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade.

Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional ‘Cidade de Deus’? Ou tráfico de crianças em ‘Central do Brasil’? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”.

 

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