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Sônia Guadajajara. Foto: @UBYTEPRODUTORA/DIVULGAÇÃO

Eleições 2022

Precisamos de candidaturas para barrar a pauta anti-indigenista, defende Sônia Guajajara

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17.04.2022 08:02 0

Entrevista Em
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As últimas barracas do Acampamento Terra Livre, organizado por lideranças indígenas em Brasília, foram desmontadas neste sábado (16). Em duas semanas de mobilização, mais de oito mil indígenas de 200 etnias diferentes estiveram reunidos e, juntamente com a luta pela demarcação de territórios, uma nova bandeira foi lançada, a da ação política ordenada para ampliação do número de cadeiras no Congresso Nacional.

Atualmente os indígenas contam apenas com uma representante, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR). Para a disputa deste ano, eles pretendem organizar candidaturas em todos os estados. Hoje esta construção é uma ação conjunta com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIP), com preferência por candidaturas de mulheres.

Entre as indígenas que entram na disputa deste ano à uma cadeira na Câmara Federal está Sonia Guajajara, um dos nomes de maior projeção. Filiada ao PSOL, deve concorrer à deputada federal por São Paulo, estado por onde também concorre ao mesmo cargo o ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro Ricardo Salles. “Esse embate precisa existir”, disse sobre o enfrentamento dos dois nas urnas.

Em uma conversa com o Congresso em Foco, Sônia falou sobre o desafio de dar visibilidade às pautas, a importância do tema “demarcação” e a ida do ex-presidente Lula ao Acampamento Terra Livre na terça (12). Na ocasião ele prometeu um Ministério Indígena, mas também foi cobrado pelos efeitos negativos ainda latentes da construção da hidrelétrica de Belo Monte, abaixo da bacia do Rio Xingu.

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Um dos pontos levantados na entrevista foram os caminhos para viabilizar politicamente os candidatos. Findo o acampamento, a Apib vai dar sequência a uma triagem com nomes de pré-candidatos. Os partidos são vários, mas a predominância é entre os de viés mais à esquerda – PT, PSOL, Rede, PV, por exemplo. Já a conquista de votos para eleger os nomes, Sônia destaca, precisa ultrapassar o voto da população indígena, apenas. Assim, eles devem buscar apoio também em movimentos populares ligados à esquerda para garantir uma fatia desse eleitorado.

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