Ícone do site Congresso em Foco

Zema defende frente Sul-Sudeste contra Norte-Nordeste, “vaquinha que produz pouco”

Romeu Zema é um dos nomes cotados pela direita para a sucessão presidencial de Lula em 2026. Foto: Reprodução

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), defendeu a união dos estados do Sul e do Sudeste para barrar propostas no Congresso que possam favorecer as outras regiões do país. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Zema defendeu a atuação do Consórcio Sul-Sudeste (Cossud), atualmente presidido pelo governador Ratinho Júnior (PSD-PR), como forma de conquistar “protagonismo político”. As críticas do governador foram dirigidas, principalmente, às regiões Norte e Nordeste. O nome de Zema foi parar na lista dos assuntos mais comentados do Twitter, com acusações de xenofobia contra o governador mineiro.

Segundo ele, estados do Sul e Sudeste arrecadam muito mais para a União e recebem muito menos de volta. “Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento”, afirmou. “Temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do país. Não é pouco, né? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos, nós queremos – que é o que nunca tivemos – o protagonismo político”, acrescentou.

Zema afirmou que esse protagonismo político do Sul e do Sudeste já ficou explícito nas discussões do Cossud em relação à reforma tributária. O relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), fez uma série de concessões aos governadores dessas regiões. O mineiro acredita que novas mudanças, na mesma direção, possam ser feitas pelo Senado. “Está sendo criado um fundo para o Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem comunidade…Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais. Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década”, protestou.

Sair da versão mobile