Painel do Poder: dezembro de 2020

09.10.2021 12:05

A avaliação dos ministérios do governo Bolsonaro mantém os recortes “ideológicos” (com as piores avaliações) e “técnicos” (com as melhores avaliações). Os parlamentares identificam os maiores problemas nas áreas dos ministérios da Cidadania, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente, para as quais predominam as expectativas de piora da situação. E percebem como potenciais fontes de boas notícias os ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura, para os quais as expectativas predominantes são de melhora da situação.

Mesmo assim, nenhuma área tem uma nota excepcional. A melhor avaliação, da Agricultura, não passa de 6,5 – quando o conceito máximo seria 10.

A avaliação do presidente Jair Bolsonaro pelos parlamentares permanece mediana. E segue abaixo da avaliação do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão.

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal apresentam boa avaliação na percepção dos parlamentares.

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Ernesto Araújo (Relações Exteriores) é o ministro com pior avaliação. Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) são os ministros com melhor avaliação.

O governo Bolsonaro vai razoavelmente bem na relação com o Congresso (5,6 na escala de zero a 10) e na relação com o Judiciário (5,4). Mas vai mal na promoção da estabilidade política (3,7) e na promoção da democracia (3,9). Os parlamentares sinalizam uma perda do papel da administração federal no combate à corrupção e na promoção da confiança do mercado.

A reforma tributária consolida-se como a pauta relevante com maior potencial de deliberação e aprovação nos próximos seis meses. As privatizações enfrentarão resistência: 57,2% atribuem notas baixas (1 e 2) às suas chances de aprovação, ao passo que 34,3% manifestam discordância com relação à proposta (notas 1 e 2 no quesito concordância).

O teto dos gastos segue firme na percepção dos parlamentares: 41,4% acreditam serem baixas as chances de aprovação de despesas que superem o teto, ante 24,2% que consideram altas suas chances de aprovação.

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