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Pesquisas sobre mudanças climáticas sofrem corte de 93%

Gases de efeito estufa são os principais causadores de mudanças climáticas no mundo. Foto: Patrick Hendry/Unsplash

Já chegam a 93% os cortes para estudos e projetos relacionados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas ao longo dos três anos de governo Jair Bolsonaro.  Segundo dados do Sistema Integrado do Orçamento (Siop), divulgados pela BBC Brasil, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018, os investimentos na área foram de R$ 31,1 milhões. Já na gestão Bolsonaro, iniciada em 2019, os gastos foram de apenas R$ 2,1 milhões.

O levantamento mostra ainda o ritmo de redução dos estudos que observam as alterações climáticas do planeta ocorridos por ações humanas, como a emissão de gases efeito estufa. Esses tipos de pesquisa, que protegem as commodities agrícolas de mudanças de clima repentinas, sofrem desinvestimento desde 2017, quando o recurso alocado caiu de R$ 20,7 milhões para R$ 8,4 milhões anuais. Em 2018 chegou a R$ 2 milhões.

A queda seguiu se acentuando durante o governo Bolsonaro. Em 2019 foram investidos somente R$ 1 milhão e em 2020 somente R$ 659 mil. Até outubro deste ano foram gastos R$ 426 mil. O levantamento mostra ainda que os recursos destinados a estudos sobre mudanças climáticas no Ministério do Meio Ambiente foram reduzidos a zero desde 2019.

Os dados são divulgados na mesma semana em que ocorre a COP-26, conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada em Glasgow, na Escócia. O evento recebe líderes ambientalistas e chefes de Estados de todas as maiores democracias do mundo para debater avanços nas pautas ambientais. Jair Bolsonaro não compareceu ao evento, sendo o único chefe de Estado a não comparecer na conferência.

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