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A radiografia da inflação no Brasil em 2016, de acordo com o IBGE

11.01.2017 09:53 0

Reportagem
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“Em dezembro, IPCA sobe 0,30%e acumula 6,29% em 2016

Período TAXA
Dezembro de 2016
0,30%
Novembro de 2016
0,18%
Dezembro de 2015
0,96%
Acumulado em 2016
6,29%

IPCA dezembro foi o mais baixo para esse mês desde 2008 (0,28%). Em 2016, índice acumulou alta de 6,29%, ficando abaixo dos acumulados de 2015 (10,67%) e de 2014 (6,41%). O grupo Alimentação e Bebidas exerceu a maior influência sobre os índices do mês e do ano. Já o INPC variou 0,14% em dezembro e acumulou alta de 6,58% em 2016.

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 0,30% e superou os 0,18% de novembro em 0,12 ponto percentual (p.p.). Mesmo assim, esse foi o IPCA mais baixo para um mês de dezembro desde 2008 (0,28%). Já em dezembro de 2015, o IPCA atingiu 0,96%, maior taxa para um mês de dezembro, desde 2002 (2,10%).

Após recuar de 0,26% para 0,18% de outubro para novembro, o IPCA voltou a subir (0,30%) sob influência da aceleração dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,20% em novembro para 0,08% em dezembro), Despesas Pessoais (de 0,47% para 1,01%) e Transportes (de 0,28% para 1,11%), conforme mostra a tabela abaixo.

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Novembro Dezembro Novembro Dezembro
Índice Geral
0,18
0,30
0,18
0,30
Alimentação e Bebidas
-0,20
0,08
-0,05
0,02
Habitação
0,30
-0,59
0,05
-0,09
Artigos de Residência
-0,16
-0,31
-0,01
-0,01
Vestuário
0,20
0,32
0,01
0,02
Transportes
0,28
1,11
0,05
0,20
Saúde e Cuidados Pessoais
0,57
0,49
0,07
0,05
Despesas Pessoais
0,47
1,01
0,05
0,11
Educação
0,06
0,07
0,00
0,00
Comunicação
0,27
0,02
0,01
0,00

Os alimentos subiram de -0,20% para 0,08% devido à alimentação consumida em casa (de -0,47% em novembro para -0,05% em dezembro). Apesar de alguns produtos alimentícios em queda, como feijãocarioca (-13,77%) e o leite longa vida (-3,97%), outros produtos importantes na mesa do brasileiro exerceram pressão contrária, como o arroz (0,21%), as carnes (0,77%) e as frutas (3,39%). Em dezembro, a alimentação fora de casa manteve a mesma taxa de novembro (0,33%).

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Principais itens alimentícios em queda
Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
Ano
(%)
Novembro
Dezembro
Batata-inglesa
-8,28
-16,12
-29,03
Feijão-carioca
-17,52
-13,77
46,39
Feijão-mulatinho
-0,81
-4,39
101,59
Leite longa vida
-7,03
-3,97
12,19
Açaí
-3,32
-3,47
-3,09
Tomate
-15,15
-2,04
-27,82
Chocolate em barra e bombom
0,35
-1,80
19,20
Farinha de trigo
-1,34
-1,70
3,28
Leite em pó
0,14
-1,36
26,13
Queijo
-0,23
-1,05
12,72
Sorvete
-0,07
-1,03
8,81
Refeição fora
0,19
-0,12
5,67

 

Principais ítens alimentícios em alta
Item
Variação mensal
(%)
Variação Acumulada
Ano
(%)
Novembro
Dezembro
Óleo de soja
1,63
6,17
13,51
Cebola
6,09
4,98
-36,50
Frutas
3,00
3,39
22,67
Pescado
3,47
2,84
8,98
Cafezinho
-0,03
2,62
15,78
Ovos
0,57
2,16
9,96
Refrigerante fora
-0,02
1,68
10,22
Farinha de mandioca
4,26
1,60
46,58
Café moído
1,68
1,33
20,34
Doces
0,50
1,17
7,86
Açúcar refinado
0,83
1,14
23,62
Macarrão
0,22
1,12
9,16
Hortaliças
2,14
1,04
-4,94
Iogurte
2,10
1,01
15,10
Lanche fora
0,82
0,92
10,74
Cerveja
1,05
0,81
7,56
Carnes
0,22
0,77
3,01
Carnes industrializadas
-0,20
0,73
5,76
Café da manhã
0,77
0,68
12,20
Frango inteiro
2,91
0,52
7,31

Os principais impactos individuais no índice do mês vieram das passagens aéreas, com alta de 26,29% e 0,10 p.p., da gasolina (1,75% e 0,07 p.p.) e do cigarro (4,80%, com 0,05 p.p.). O impacto destes três itens juntos foi de 0,22 p.p., equivalente a 73% do IPCA. Passagens aéreasgasolina foram os principais responsáveis pelo IPCA dos Transportes (1,11%), a maior alta de grupo no mês. Houve elevação de preços em outros itens desse grupo, como seguro voluntário de veículo (2,92%), diesel (1,47%), etanol (0,75%) e conserto de veículo (0,57%). No caso da gasolina, o aumento foi reflexo do reajuste de 8,10%, a partir de 06 de dezembro. O diesel teve um reajuste de 9,50% na mesma data.

Nas Despesas Pessoais (1,01%), a maior pressão veio do cigarro (4,80%), tendo em vista reajustes ocorridos a partir de 1º de dezembro. Houve influência, também, dos serviços de excursão (0,91%), empregado doméstico (0,87%) e cabeleireiro (0,53%). Nos demais grupos, destacam-se as altas de artigos de limpeza (1,18%), plano de saúde (1,07%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), roupa masculina (0,72%), roupa feminina (0,66%).

O principal impacto para baixo (-0,13 p.p.) veio da energia elétrica (-3,70%). Essa queda nos preços se deve à volta da bandeira tarifária verde em 1º de dezembro, em substituição à amarela, que implicava em custo adicional de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumidos. Ocorreu, ainda, queda de 11,49% nas contas de energia de Porto Alegre, reflexo da redução de 16,28% nas tarifas de uma das concessionárias, a partir do dia 22 de novembro. No Rio de Janeiro, o recuo na energia elétrica (-4,98%) refletiu a redução de 11,73% em uma das concessionárias locais, desde 07 de novembro.

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Outros destaques em queda de preços foram: TV, som e informática (-2,15%), automóvel usado (-1,65%) e eletrodomésticos (-0,62%).

O índice regional mais elevado foi o de Brasília (1,12%), onde os preços das passagens aéreas tiveram alta de 21,30%, com impacto de 0,40 p.p.. A alta de 1,06% nos preços dos alimentos consumidos em casa também pressionou o resultado do mês. Já a região metropolitana de Porto Alegre (-0,04%) teve o índice mais baixo, com a queda de 11,49% na energia elétrica mencionada anteriormente. A seguir, os índices regionais:

Região
Peso
Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação
Acumulada
Ano (%)
Novembro
Dezembro
Brasília
2,80
0,28
1,12
5,62
Campo Grande
1,51
0,43
0,70
7,52
Vitória
1,78
0,30
0,63
5,11
Fortaleza
3,49
0,13
0,60
8,34
Recife
5,05
0,60
0,43
7,10
São Paulo
30,67
0,26
0,35
6,13
Salvador
7,35
-0,05
0,32
6,72
Rio de Janeiro
12,06
0,04
0,25
6,33
Belo Horizonte
10,86
0,16
0,24
6,60
Belém
4,65
-0,14
0,20
6,77
Curitiba
7,79
0,16
0,14
4,43
Goiânia
3,59
-0,31
0,05
5,25
Porto Alegre
8,40
0,37
-0,04
6,95
Brasil
100,00
0,18
0,30
6,29

IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 30 de novembro de 2016 (base).

Em dezembro, INPC variou 0,14%

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,14% em dezembro e ficou 0,07 p.p. acima da taxa de 0,07% de novembro. Com isso, o acumulado no ano foi para 6,58%, bem menos do que os 11,28% registrados em 2015. Em dezembro de 2015 o INPC foi de 0,90%.

Os produtos alimentícios variaram 0,05% em dezembro, depois de recuarem (-0,31%) em novembro. Já os não alimentícios (0,18%) subiram menos do que em novembro (0,25%).

O INPC regional mais elevado foi o de Brasília (0,87%), onde os alimentos subiram 0,70%, bem acima do índice nacional (0,05%). Os itens aluguel residencial (1,90%) e passagem aérea (21,30%) também contribuíram para o resultado do mês. O menor índice foi da região metropolitana de Curitiba (-0,15%), conforme mostra a tabela a seguir:

Região
Peso
Regional (%)
Variação mensal (%)
Variação
Acumulada
Ano (%)
Novembro
Dezembro
Brasília
1,88
0,33
0,87
5,16
Campo Grande
1,64
0,28
0,52
7,16
Fortaleza
6,61
0,24
0,51
8,61
Recife
7,17
0,55
0,50
7,74
Vitória
1,83
0,14
0,39
5,54
Salvador
10,67
0,03
0,20
7,40
São Paulo
24,24
0,07
0,14
6,48
Belo Horizonte
10,60
0,05
0,09
6,49
Belém
7,03
-0,18
0,06
6,87
Goiânia
4,15
-0,40
-0,03
5,36
Rio de Janeiro
9,51
-0,17
-0,07
6,23
Porto Alegre
7,38
0,19
-0,12
6,90
Curitiba
7,29
0,07
-0,15
4,21
Brasil
100,00
0,07
0,14
6,58

Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 30 de novembro de 2016 (base).

INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.

IPCA acumulado em 2016 (6,29%) é menor que o de 2015 (10,67%)

IPCA acumulado em 2016 (6,29%) ficou bem abaixo (4,38 p.p.) do IPCA de 2015 (10,67%). Ao longo do ano, as taxas se distribuíram da seguinte forma:

Mês
Variação (%)
Mês
Trimestre
Ano
Janeiro
1,27
1,27
Fevereiro
0,90
2,18
Março
0,43
2,62
2,62
Abril
0,61
3,25
Maio
0,78
4,05
Junho
0,35
1,75
4,42
Julho
0,52
4,96
Agosto
0,44
5,42
Setembro
0,08
1,04
5,51
Outubro
0,26
5,78
Novembro
0,18
5,97
Dezembro
0,30
0,74
6,29

As principais influências foram os grupos alimentação e bebidas (alta de 8,62% e impacto de 2,17 p.p.) e saúde e cuidados pessoais (11,04% e impacto de 1,23 p.p.). Juntos, estes dois grupos somam 3,40 p.p., responsáveis por 54% do IPCA (tabela a seguir):

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2015 2016 2015 2016
Índice Geral
10,67
6,29
10,67
6,29
Alimentação e Bebidas
12,03
8,62
3,00
2,17
Habitação
18,31
2,85
2,69
0,45
Artigos de Residência
5,36
3,41
0,24
0,14
Vestuário
4,46
3,55
0,29
0,22
Transportes
10,16
4,22
1,88
0,78
Saúde e Cuidados Pessoais
9,23
11,04
1,04
1,23
Despesas Pessoais
9,50
8,00
1,02
0,85
Educação
9,25
8,86
0,42
0,40
Comunicação
2,11
1,27
0,09
0,05

Num ano em que a produção agrícola ficou 12% abaixo da colhida em 2015, o consumidor passou a pagar, em média, 8,62% mais caro do que em 2015 para adquirir alimentos. Isto colocou Alimentação e Bebidas (que tem peso de 25% nas despesas das famílias) na liderança dos impactos de grupo. Os alimentos paraconsumo em casa (que tem peso de 17,00% no IPCA) subiram 9,36%, enquanto a alimentação consumida fora de casa (peso de 8,83%) subiu 7,22%. No entanto, no ranking dos impactos individuais, a alimentação fora de casa é líder, com 0,63 p.p. A região metropolitana de Fortaleza (12,05%) foi onde os preços mais aumentaram em 2016 (tabela abaixo).

Região
Variação acumulada no ano (%)
Alimentação e bebidas
Alimentação em casa Alimentação fora
Fortaleza
12,05
13,75
7,27
Belém
10,40
11,41
6,95
Vitória
9,90
10,65
8,43
Belo Horizonte
9,69
9,50
10,13
Salvador
9,52
10,33
7,64
Campo Grande
9,32
9,74
8,25
Recife
9,30
11,14
4,88
Porto Alegre
8,93
9,54
7,61
São Paulo
7,83
8,23
7,23
Curitiba
7,56
6,61
9,29
Goiânia
7,43
7,59
7,10
Brasília
7,27
8,83
5,20
Rio de Janeiro
7,24
8,91
4,90
Brasil
8,62
9,36
7,22

Entre os alimentos consumidos em casa, houve aumentos significativos, com destaque para os feijões (56,56%) e o arroz (16,16%), que compõem o prato típico do brasileiro:

Item
Variação (%)
Impacto ano (p.p.)
2015
2016
Refeição fora
9,71
5,67
0,29
Frutas
15,23
22,67
0,23
Lanche fora
10,76
10,74
0,21
Feijões
21,45
56,56
0,19
Leite longa vida
8,10
12,19
0,11
Arroz
9,65
16,16
0,10
Carnes
12,48
3,01
0,09
Açúcar cristal
29,99
25,30
0,08
Refrigerante
10,49
11,00
0,08
Café moído
11,21
20,34
0,07
Farinha de mandioca
8,62
46,58
0,07
Queijo
9,34
12,72
0,07
Leite em pó
-0,54
26,13
0,06
Pão francês
12,05
4,92
0,06
Carnes industrializadas
8,99
5,76
0,05
Refrigerante fora
10,67
10,22
0,04
Biscoito
7,77
7,97
0,04
Frango inteiro
13,42
7,31
0,04
Óleo de soja
17,17
13,51
0,04
Cerveja fora
13,21
5,02
0,04
Iogurte
6,86
15,10
0,03
Cerveja
8,78
7,56
0,03
Açúcar refinado
30,30
23,62
0,03
Pescado
10,75
8,98
0,03
Macarrão
9,26
9,16
0,03
Chocolate em barra e bombom
12,27
19,20
0,03
Alho
53,66
19,33
0,02
Ovos
18,55
9,96
0,02
Doces
10,08
7,86
0,02
Chocolate e achocolatado em pó
9,54
13,57
0,02
Frango em pedaços
3,43
4,15
0,02
Margarina
7,44
10,73
0,02
Enlatados
7,12
9,81
0,02

Já a Cebola (-36,50%), a batata-inglesa (-29,03%), o tomate (-27,82%) e a cenoura
(-20,47%) foram destaques entre os produtos que ficaram mais baratos no ano.

Saúde e Cuidados Pessoais foi o grupo com a maior alta acumulada no ano (11,04%) e o único dos nove grupos cujos preços subiram mais em 2016 do que em 2015. A maior pressão veio das mensalidades dos planos de saúde (13,55%), que teve sua variação acumulada mais alta desde 1997. Já a alta acumulada dos remédios (12,50%) foi a mais elevada desde 2000. Destacam-se, ainda, no grupo, os artigos de higiene pessoal (9,49%).

Os grupos Educação (8,86%), com destaque para os cursos regulares (9,12%), e o de Despesas Pessoais (8,00%), onde sobressai o item empregado doméstico (10,27%), terminaram o ano acima do IPCA. Os demais ficaram abaixo, com resultados entre 1,27% (Comunicação) e 4,22% (Transportes), contribuindo para a contenção da taxa do ano.

No grupo dos Transportes (4,22%), que detêm 18% do IPCA, peso superado apenas pelos alimentos, destaca-se a alta do transporte público (7,78%): ônibus intermunicipal (11,78%), ônibus urbano (9,34%), metrô (9,14%), trem (8,45%), ônibus interestadual (7,66%), táxi (7,06%). Já as passagens aéreas foram a exceção, pois fecharam o ano com queda de 4,88%.

No caso dos ônibus urbanos (9,34%), os reajustes foram expressivos em algumas regiões, mas não ocorreram em três delas: BrasíliaBelémFortaleza. Em Curitiba ocorreu a maior alta (16,12%), com Porto Alegre (15,38%) e Recife (14,54%) a seguir.

O item veículo próprio (2,91%) ficou muito abaixo do transporte público (7,78%), mesmo com o forte aumento aplicado sobre as multas, que acarretou em uma variação de 68,31% no ano. Já o automóvel novo (0,48%) e, mais ainda, o usado (-4,46%), itens com grande participação no índice, seguraram o resultado do item.

Os combustíveis, também do grupo Transportes, fecharam o ano com 3,25%, sendo 2,54% a variação da gasolina e 2,21% a do diesel. A partir de outubro, o preço dos combustíveis passou a ser definido, mensalmente, pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP). Assim, ocorreu redução em 15 de outubro de 3,20% na gasolina e de 2,70% no diesel. Em 08 de novembro houve redução de 3,10% na gasolina e de 10,40% no diesel. Em 06 de dezembro, alta de 8,10% na gasolina e 9,50% no diesel. Já o litro do etanol subiu 6,66%, após problemas na safra da cana de açúcar.

A principal contribuição para conter a taxa do IPCA acumulado no ano veio da energia elétrica (variação de -10,66% e impacto de -0,43 p.p.), do grupo Habitação (2,85%). Destaca-se a região metropolitana de Curitiba, onde as contas recuaram 21,53% em relação a 2015. A energia também teve forte queda no Rio de Janeiro (-14,19%), Goiânia (-15,65%), São Paulo (-14,11%), Porto Alegre (-12,38%) e Vitória (-9,51%).

Fortaleza foi a região metropolitana com a maior variação (8,34%), devido à alta de 12,05% do grupo Alimentação e Bebidas. O destaque foi para os alimentos consumidos em casa, que subiram 13,75%, bem acima dos alimentos consumidos fora de casa (7,27%). Já o índice mais baixo foi o de Curitiba (4,43%), onde as contas de energia elétrica ficaram 21,53% mais baratas, refletindo a redução, em 24 de junho, de 13,83% nas tarifas, aliada a reduções no PIS/COFINS durante o ano, além do retorno à bandeira verde. Curitiba havia tido a variação mais elevada de 2015 (12,58%), devido ao impacto do reajuste de 50% nas alíquotas do ICMS sobre vários itens, com vigência desde o dia 01 de abril daquele ano. Na tabela a seguir, os índices regionais:

Região
Peso
Regional (%)
Variação anual (%)
2015
2016
Fortaleza 3,49 11,43 8,34
Campo Grande 1,51 9,96 7,52
Recife 5,05 10,15 7,10
Porto Alegre 8,40 11,22 6,95
Belém 4,65 9,93 6,77
Salvador 7,35 9,86 6,72
Belo Horizonte 10,86 9,22 6,60
Rio de Janeiro 12,06 10,52 6,33
São Paulo 30,67 11,11 6,13
Brasília 2,80 9,67 5,62
Goiânia 3,59 11,10 5,25
Vitória 1,78 9,45 5,11
Curitiba 7,79 12,58 4,43
Brasil 100,00 10,67 6,29

INPC acumula alta de 6,58% em 2016

INPC fechou 2016 em 6,58%, abaixo dos 11,28% de 2015 em 4,70 p.p.. Os alimentos tiveram variação de 9,15%, enquanto os não alimentícios variaram 5,44%. Em 2015 os alimentos haviam subido 12,36% e os não alimentícios, 10,80% (tabela abaixo):

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
2015 2016 2015 2016
Índice Geral
11,28
6,58
11,28
6,58
Alimentação e Bebidas
12,36
9,15
3,77
2,81
Habitação
18,22
2,76
3,10
0,50
Artigos de Residência
5,30
3,29
0,29
0,16
Vestuário
4,10
3,67
0,33
0,27
Transportes
11,77
6,02
1,82
0,93
Saúde e Cuidados Pessoais
8,75
10,63
0,85
1,01
Despesas Pessoais
10,44
8,22
0,77
0,60
Educação
9,02
8,94
0,27
0,26
Comunicação
2,29
1,12
0,08
0,04

A região metropolitana de Fortaleza (8,61%) acumulou a maior alta, refletindo a elevação no grupo Alimentação e Bebidas (12,31%), com destaque para os alimentos consumidos em casa (13,74%), que superaram a alta dos alimentos consumidos fora de casa (7,42%). Já o índice mais baixo foi o da região metropolitana de Curitiba (4,21%), onde as contas de energia elétrica ficaram 22,35% mais baratas. Curitiba havia tido a variação mais elevada de 2015 (13,81%), com o impacto do reajuste de 50% nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vários itens. Os índices, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir.

Região
Peso
Regional (%)
Variação anual (%)
2015
2016
Fortaleza
6,61
11,45
8,61
Recife
7,17
10,39
7,74
Salvador
10,67
9,96
7,40
Campo Grande
1,64
10,45
7,16
Porto Alegre
7,38
11,74
6,90
Belém
7,03
9,86
6,87
Belo Horizonte
10,60
9,71
6,49
São Paulo
24,24
12,02
6,48
Rio de Janeiro
9,51
11,86
6,23
Vitória
1,83
9,50
5,54
Goiânia
4,15
12,19
5,36
Brasília
1,88
11,47
5,16
Curitiba
7,29
13,81
4,21
Brasil
100,00
11,28
6,58

 

Comunicação Social
11 de janeiro de 2017″

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