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Concurseiro: como e quando botar o seu bloco na rua

02.02.2013 07:30 0
Atualizado em 04.02.2013 16:47

Reportagem
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Sávia Barreto, especial para o SOS Concurseiro/Congreso em Foco

Arquivo pessoal

Alessandro Marques: "O concurseiro tem de ter sua preparação toda planejada, até mesmo as pautas, festas e férias"

As festas de fim de ano já passaram, mas o clima de férias e recesso ainda toma conta da rotina daqueles que se preparam para concursos públicos. Com a proximidade do Carnaval, outro feriado longo, os concurseiros reclamam de desânimo para continuarem o ritmo da programação de estudos. Para o especialista em preparação para concursos Alessandro Marques, tudo se resume à Lei da Física aplicada ao dia a dia: “O corpo tende a permanecer no estado em que está”. Ou seja, o concurseiro precisa estar em movimento, sem interromper o planejamento de estudos por causa das pausas no calendário.

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Tirar férias dos estudos não está descartado, mas isso deve ser feito com planejamento. Para o estudante que se planejou, o impacto da folga é mínimo, enquanto para aquele que não tem uma estratégia – ou se tem, não consegue cumprir suas metas -, os efeitos serão maiores. Alessandro Marques afirma que o primeiro ponto que o concurseiro deve considerar é que passar em um concurso é um projeto, e, como todo projeto, precisa ser definido nos mínimos detalhes.

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“Quando falo de planejar, não estou falando somente de montar um plano de estudos, mas da vida como um todo. O estudante precisa avaliar quanto tempo de estudo vai precisar para estar preparado para seu concurso. Fazendo isso, ele sabe se poderá ou não tirar férias do estudo, pois saberá qual impacto esse tempo sem estudar vai gerar”, ressalta.

Alessandro também compara o ritmo de estudos para concursos públicos com as aulas em academias, onde as paradas na rotina pouco influenciam aqueles que já vêm cumprindo constantemente os exercícios e os objetivos estabelecidos. “Para o estudante que ainda não conseguiu criar um ritmo de estudos – e quando falo em ritmo estou falando de rotinas de estudo que foram realmente cumpridas -, qualquer parada vai ser mais um motivo para continuar na inércia”.

Arquivo pessoal

Pollyana Carvalho, estudante de Letras e concurseira, tem dificuldades em retormar os estudos durante as férias

A estudante de Letras da Universidade Federal do Piauí (UFPI) Pollyana Carvalho estuda há dois anos para concursos de cargos na área administrativa e lembra que sua rotina mudou bastante com a chegada do final do ano e das férias na faculdade. “Tive de passar uma semana inteira sem estudar. E quando se está em um bom ritmo de estudos, uma semana parada é suficiente para quebrar a rotina e consequentemente o ritmo”, conta.

Voltando agora a se dedicar às apostilas e aos livros como antes, retomando os mesmos horários e a mesma quantidade de horas aplicadas aos estudos no período anterior às festas de final de ano, Pollyana admite ainda que as semanas que antecedem o Carnaval também são uma época propícia para afetar a rotina dos concurseiros. “Não adianta passar a tarde inteira estudando, se você só consegue se concentrar por apenas uma hora porque seu foco é outro, como o Carnaval, por exemplo. Para manter o ritmo e o foco é necessário ter uma motivação muito grande e a minha, no momento, é o edital do concurso que vou fazer e que já está aberto. Então, nada de Carnaval. Não tenho a opção de não ter um bom ritmo de estudos”, diz a estudante.

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Investimento a longo prazo

Para definir o período ideal de “férias” que um concurseiro deve ter, o “coach” de concursos lembra que são vários os fatores que influenciam essa decisão, como o tempo que o estudante está dedicado aos concursos; qual a data da seleção ou previsão de data, e ainda se o concurseiro já conseguiu cumprir uma parte considerável do edital. “Não existe receita, ou escolha certa ou errada. O importante é tomar uma decisão consciente e saber que toda decisão tem uma consequência”, completa Alessandro Marques.

O especialista acredita que não são os feriados que influenciam negativamente o estudante, mas sim a postura dele diante disso. Afinal, sempre vão existir eventos, feriados, festas, casamentos, despedidas. “Muitos estudantes encaram abrir mão dessas coisas como um sacrifício”, afirma. Ele acrescenta que o sacrifício gera perda; perda gera dor, e o ser humano, consequentemente, foge da dor, filosofa. “Não se pode gerar dor para os estudos, senão a motivação vai reduzir cada vez mais. É preciso encarar como uma troca, um tempo de dedicação agora que gera um retorno depois, a aprovação”, aconselha.

Para quem tomou a decisão de estudar durante as férias, o melhor é dedicar mais tempo para o estudo individual e, se precisar, aproveitar para fazer uma ou duas matérias em cursinhos, preferencialmente aquelas onde há menor conhecimento ou mais dificuldade. “Não adianta estudar e ficar reclamando que está ali estudando e todo mundo viajando. Pensar ‘todo mundo curtindo a vida e eu aqui estudando, que saco!’, vai gerar dor e, como já vimos, dor reduz a motivação”, frisa Alessandro Marques.

Quem ainda não elaborou um calendário de estudos, pode aproveitar as dicas do “coach” de concursos. “O plano de estudos deve considerar o tempo diário e semanal de estudo, a previsão de lançamento do edital, o conhecimento nas matérias e os eventos. Quanto melhor for o planejamento, mais perto ele estará da vitória”, conclui.

Dicas de estudos nas férias e nos feriados:

– Dedique-se ao estudo individual.
– Matricule-se em turmas de cursos preparatórios cujas disciplinas se têm mais dificuldade.
– Faça pausa nos estudos após avaliar quanto tempo será necessário para estar preparado para o concurso que almeja fazer.
– Cumpra à risca o planejamento de estudos feito com antecedência, incluindo programação das férias e feriados.
(Fonte: Alessandro Marques, coach de concursos)

Leia mais sobre concursos no SOS Concurseiro

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