[fotografo]Alberto Estevez/Pool/Agência Lusa[/fotografo]Policiais investigam a cabine do motorista do caminhão que se jogou sobre uma multidão em Nice, na França
Entre os feridos está um brasileiro. Anderson Happel, que mora em Nice machucou a perna e deve ficar sem andar por um mês. Anderson conta que “não tinha mais vaga nos hospitais de Nice” e que precisou tomar diversos calmantes e analgésicos para aguentar a dor enquando não era atendido.
O motorista do caminhão que matou dezenas de pessoas por volta das 22h30 no sul da França ainda não foi identificado pelo governo francês, mas o Ministério do Interior confirmou que ele foi morto. Informações preliminares dão conta de que se trata de um franco-tunisiano de 31 anos morador de Nice. O documento de identidade dele foi encontrado no interior do veículo.
O Dia da Bastilha é um feriado que comemora, todo dia 14 de julho, a Tomada da Bastilha em 1789, evento decisivo para o início da Revolução Francesa. A bastilha era uma antiga fortaleza usada pela monarquia como prisão.
Repúdio
Autoridades brasileiras lamentaram o ocorrido. O presidente interino Michel Temer disse que está em permanente contato com o Ministério das Relações Exteriores e considerou “abjeta e ultrajante” a ação contra inocentes. “Os assassinos não conseguirão seu intento. Muito ao contrário, apenas reforçarão os laços entre países livres, que buscam a igualdade de condição entre as nações do mundo”, escreveu em nota.
A presidente afastada Dilma Rousseff usou seu perfil no twitter para repudiar os atos contra a liberdade. “Não podemos nos deixar amedrontar, nem nos abatermos. O povo francês saberá superar mais esta tragédia”, disse ela.
Veja a íntegra da nota de Michel Temer:
“O povo francês foi vítima da mais injustificada intolerância neste 14 de julho. É abjeta e ultrajante a ação perpetrada contra inocentes que celebravam os mais elevados valores universais: a liberdade dos povos; a igualdade entre os cidadãos e a fraternidade como elemento das relações entre seres humanos. Os assassinos não conseguirão seu intento. Muito ao contrário, apenas reforçarão os laços entre países livres, que buscam a igualdade de condição entre as nações do mundo. E a fraternidade continuará a guiar nossos povos. Hoje, mais do que nunca, somos todos franceses. Irmãos na dor e solidariedade a todos os mortos e feridos, suas famílias e amigos. O Brasil se une a todos que desejam e lutam pela paz e harmonia no mundo. Estamos juntos contra a intolerância e a barbárie.
Michel Temer
Presidente da República em exercício”
