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Delegada reafirma crime de Bolsonaro, mas minimiza ausência do presidente em depoimento

Conhecido como Refis das micro e pequenas empresas, o Programa de Reescalonamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp) foi vetado por Bolsonaro em janeiro. Foto: Marcos Corrêa/PR

O governo federal publicou nesta quinta-feira (31), no DOU, a troca de nove ministros que vão concorrer às eleições deste ano. Foto: Marcos Corrêa/PR

A delegada Denisse Ribeiro, da Polícia Federal, apresentou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a conclusão de seu inquérito sobre o vazamento de dados confidenciais de uma investigação sobre ataque hacker no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O presidente Jair Bolsonaro valeu-se das informações dessa investigação para questionar a segurança das urnas eletrônicas. Mas ela corria em sigilo. O vazamento obrigou na época o TSE a informar que a investigação não estava àquela altura concluída e que, apesar disso, o suposto ataque hacker não tinha alcançado as urnas eletrônicas, que não são ligadas a qualquer sistema externo.

Para a delegada, Bolsonaro, ao tornar tais informações públicas, cometeu crime de violação de sigilo, uma vez que a todo servidor público é determinado que guarde segredo de informações confidenciais quando assim está determinado.

Ela, porém, não pede o indiciamento formal do presidente. E considera que a sua ausência em depoimento não atrapalhou as conclusões.

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A delegada também relacionou o ajudante do presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, em um outro episódio que é investigado pelo STF. Na ocasião, o presidente relacionou a vacina contra Covid-19 à AIDS. Segundo apuração da PF, Cid acessou os documentos e o responsável pelos conteúdos publicados nas redes sociais de Bolsonaro.

“Além disso, a atuação do ajudante de ordens não seria um fato isolado: o acesso autorizado judicialmente ao conteúdo de dados armazenados em serviço de nuvem utilizado por MAURO CÉSAR BARBOSA CID aponta a participação de MAURO CID em outros eventos (vide relatório de análise nº 001/2022) também destinados à difusão de notícias promotoras de desinformação da população, como, por exemplo, no caso da insinuação veiculada na live presidencial do dia 21/10/2021 de que haveria uma suposta associação entre a vacinação contra Covid-19 e a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)”, disse a PF.

Na semana passada, a ausência de Bolsonaro gerou nova crise entre os poderes. Alexandre de Moraes havia determinado um prazo de 60 dias para que o presidente indicasse data, hora e local para depor. Como o presidente não fez isso, ele determinou que ele comparecesse na sexta-feira (28) à sede da Polícia Federal, às 14h. Bolsonaro não obedeceu à intimação.

Leia íntegra:

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