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Comissão da Executiva Nacional do PT reagiu à decisão do TSE de tirar Lula da eleição[fotografo]Ricardo Stuckert[/fotografo]

“É uma cassação política, como na ditadura”, diz PT sobre decisão do TSE

01.09.2018 00:57 6
Atualizado em 30.10.2020 10:22

Reportagem Em
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O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou nota sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou a candidatura de Lula à Presidência.

A sigla afirma que continuará “lutando por todos os meios para garantir sua candidatura nas eleições de 7 de outubro”.

Em outro trecho, compara o indeferimento da candidatura de Lula a uma cassação política, “baseada na mentira e no arbítrio, como se fazia no tempo da ditadura”.

Segundo a nota, “é mentira que a Lei da Ficha Limpa impediria a candidatura de quem foi condenado em segunda instância”. O PT alega que “o artigo 26-C desta Lei diz que a inelegibilidade pode ser suspensa quando houver recurso plausível a ser julgado. E Lula tem recursos tramitando no STJ e no STF contra a sentença arbitrária”.

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O partido também cita o artigo 16-A da Lei Eleitoral. “Prevê que um candidato sub judice (em fase de julgamento) pode ‘efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica”, afirma.

O voto do ministro Luís Roberto Barroso também é contestado pelo PT. “É falso o argumento de que o TSE teria de decidir sobre o registro de Lula antes do horário eleitoral”, diz a nota. “Os prazos foram atropelados com o objetivo de excluir Lula”, completa.

Leia a íntegra da nota do PT

“Contra a cassação política, com Lula até o fim: Nota da Comissão Executiva Nacional do PT

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Diante da violência cometida hoje (31) pelo Tribunal Superior Eleitoral contra os direitos de Lula e do povo que quer elegê-lo presidente da República, o PARTIDO DOS TRABALHADORES afirma que continuará lutando por todos os meios para garantir sua candidatura nas eleições de 7 de outubro.

Vamos apresentar todos os recursos aos tribunais para que sejam reconhecidos os direitos políticos de Lula, previstos na lei e nos tratados internacionais ratificados pelo Brasil. Vamos defender Lula nas ruas, junto com o povo, porque ele é o candidato da esperança.

É mentira que a Lei da Ficha Limpa impediria a candidatura de quem foi condenado em segunda instância, como é a situação injusta de Lula. O artigo 26-C desta Lei diz que a inelegibilidade pode ser suspensa quando houver recurso plausível a ser julgado. E Lula tem recursos tramitando no STJ e no STF contra a sentença arbitrária.

É mentira que Lula não poderia participar da eleição porque está preso. O artigo 16-A da Lei Eleitoral prevê que um candidato sub judice (em fase de julgamento) pode “efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica”.

A Justiça Eleitoral reconheceu os direitos previstos nestas duas leis a dezenas de candidatos em eleições recentes. Em 2016, 145 candidatos a prefeito disputaram a eleição sub judice, com registro indeferido, e 98 foram eleitos e governam suas cidades. É só para Lula que a lei não vale?

O Comitê de Direitos Humanos da ONU determinou ao Brasil garantir os direitos políticos de Lula, inclusive o de ser candidato. E o Brasil tem obrigação de cumprir, porque assinou o Protocolo Facultativo do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos. E o Congresso Nacional aprovou o Decreto Legislativo 311 que reconhece a autoridade do Comitê. O TSE não tem autoridade para negar o que diz um tratado internacional que o Brasil assinou soberanamente.

É falso o argumento de que o TSE teria de decidir sobre o registro de Lula antes do horário eleitoral, como alegou o ministro Barroso. Os prazos foram atropelados com o objetivo de excluir Lula. São arbitrariedades assim que geram insegurança jurídica. Há um sistema legal para os poderosos e um sistema de exceção para o cidadão Lula.

Em uma semana que envergonhará o Judiciário para sempre, a cúpula desse Poder negociou aumento de 16,4% nos salários já indecentes de ministros e juízes, sancionou a criminosa terceirização dos contratos de trabalho e, agora, atacou frontalmente a democracia, os direitos dos eleitores e os direitos do maior líder político do país. É uma cassação política, baseada na mentira e no arbítrio, como se fazia no tempo da ditadura.

A violência praticada hoje expõe o Brasil diante do mundo como um país que não respeita suas próprias leis, que não cumpre seus compromissos internacionais, que manipula o sistema judicial, em cumplicidade com a mídia, para fazer perseguição política. Este sistema de poder, fortemente sustentado pela Rede Globo, levou o país ao atraso e o povo ao sofrimento e trouxe a fome de volta.

A candidatura do companheiro Lula é a resposta do povo brasileiro aos poderosos que usurparam o poder. Lula, e tudo o que ele representa, está acima dos casuísmos, das manobras judiciais, da perseguição dos poderosos.

É com o povo e com Lula que vamos lutar até o fim.

Lula Livre!

Lula Candidato!

Lula Presidente!

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES”

6 respostas para ““É uma cassação política, como na ditadura”, diz PT sobre decisão do TSE”

  1. mrtedeschi disse:

    O PT que diga o que quiser… já viu algum criminoso de fato dizer que é culpado?

  2. Flavio Medeiros De Oliveira disse:

    Decisão correta, quem acompanhou todo o julgamento pode tomar conhecimento da barbaridade que o PT tentou, tentou e não conseguiu, basta olhar a foto acima para verificar que todos os que ali estão são indiciados, até mesmo um alienado que levava dinheiro na cueca! Este partido tem que acabar, seus militantes terem seus direitos políticos cassados, são a escoria do nosso país!

  3. wzfr disse:

    LUGAR DE BANDIDO, CORRUPTO E LADRÃO É NA CADEIA, ONDE ESTE VAGABUNDO E CANALHA ESTÁ, E NÃO NO PALÁCIO DO PLANALTO.

  4. 13582196 disse:

    Ladainha de sempre, e agora que foram pegos no mensalinho do Twitter, pode suspender o PT por fraude eleitoral.

  5. Monteiro disse:

    O objetivo sempre foi esse, porque nas urnas ele ganha de qualquer um, por isso a arapuca foi armada judiciário + mídia.

  6. Baron de Lorraine disse:

    Tchau querido !

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