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Preso pela Operação Saqueador, Fernando Cavendish negocia acordo de delação premiada
Cavendish foi alvo da Operação Saqueador, em junho deste ano, e, nas negociações com procuradores do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro e da Procuradoria Geral da República, o empresário cita pagamentos indevidos ao senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Os recursos que beneficiaram o tucano seriam provenientes de um contrato de obra para ampliação da Marginal Tietê, que tinha entre seus responsáveis Paulo Vieira Souza, afilhado político do senador.
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O líder do governo de Michel Temer no Senado afirma não ter tido contato com Fernando Cavendish e disse que qualquer menção a pagamentos indevidos relacionados ao seu nome é “mentira”. Aloysio Nunes também negou ser padrinho político de Paulo Vieira Souza, classificado pelo tucano como “técnico e profissional altamente qualificado”.
No Rio de Janeiro, Cavedish aponta repasses feitos ao ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para obter contratos de obras, como a reforma do Estádio do Maracanã, do Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca e da transposição do Rio Turvo. Em outro trecho do anexo da proposta de delação, o empresário relata uma série de pagamentos para parlamentares federais e estaduais do PMDB.
A assessoria de Sergio Cabral informou que “não há o que comentar” sobre o assunto.
O empresário também detalhou supostos desvios ocorridos em contratos com o governo de Goiás, na gestão de Marconi Perillo (PSDB), além de outros municípios do estado. As irregularidades somam pelo menos R$ 276 milhões. Em nota, o governador tucano disse que “as informações apresentadas não têm a menor procedência” e argumentou que não há qualquer doação da empresa Delta para a campanha de 2010 do então senador Marconi Perillo.