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Felipe Rigoni: suspensão mostra que PSB foge à renovação política

Rigoni foi suspenso do partido por um ano, junto com outros oito deputados, por ter votado a favor da reforma da Previdência. Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) repudiou a punição aplicada pelo PSB aos filiados que votaram a favor da reforma da Previdência na Câmara. Rigoni é um dos nove deputados que teve as atividades partidárias e parlamentares suspensas por até um ano por conta do voto na reforma e disse que essa decisão “mostra a falta de sintonia do partido com o movimento de renovação política do país” e ainda pode atrapalhar o andamento dos projetos que vem relatando.

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Segundo a assessoria do deputado, Rigoni é, atualmente, relator de 26 projetos na Câmara. Entre eles, estão o que criminaliza o caixa dois em campanhas; a PEC do Teto dos Gastos; e o projeto de GovTech, que moderniza o sistema do estado brasileiro e cria uma identidade digital única para os cidadãos. Nesse último, ele tem tido, inclusive, o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que queria levar o projeto para plenário já em setembro e se aproximou de Rigoni nos últimos meses.

A suspensão aplicada pelo PSB, porém, tira dos deputados processados a relatoria de projetos e também a participação de comissões. O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), por exemplo, pode perder o cargo por conta disso.

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“A punição imposta fere a democracia interna do partido, que tinha conhecimento da posição do parlamentar, desrespeita a carta de compromisso assinada pelo presidente Carlos Siqueira com o Movimento Acredito ainda antes da filiação do deputado e, mais grave ainda afeta o bom trabalho realizado por Rigoni em Brasília”, criticou Felipe Rigoni em nota de repúdio à decisão do PSB divulgada nas redes sociais.

O deputado, que classificou seu voto favorável à reforma como “fruto de muito estudo e resultou em nove emendas ao texto original, quatro delas acatadas”, disse que o PSB não só sabia da sua posição, como assinou uma carta de compromisso com o Movimento Acredito, do qual faz parte junto com a deputada Tabata Amaral (PDT-SP).

“A suspensão mostra a falta de sintonia do partido com o movimento de renovação política do país e fere o direito de representação dos 84.405 capixabas que fizeram de Rigoni o segundo candidato mais bem votado para a Câmara dos Deputados nas últimas eleições”, concluiu Rigoni.

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