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Para oposição, Dilma deveria ter mantido visita aos EUA

[fotografo]Waldemir Barreto/Agência Senado[/fotografo]

Para Aloysio, viagem deveria ter sido mantida para mostrar repúdio à espionagem

Integrantes da oposição ao governo Dilma Rousseff criticaram nesta terça-feira (17) o cancelamento da visita oficial aos Estados Unidos da América, inicialmente marcada para outubro. Em nota oficial, a Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto disse que as explicações do governo norte-americano sobre as denúncias de espionagem foram insuficientes, não havendo clima para uma discussão política.

Desde o mês passado, uma série de reportagens mostrou que a Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos monitorou mensagens eletrônicas e ligações telefônicas de cidadãos brasileiros, empresas e até de Dilma e ministros de Estado. Durante reunião do G20 na Rússia, a presidenta pediu explicações ao presidente norte-americano, Barack Obama. Após conversa dos dois ontem (16), o Planalto ficou insatisfeito com as respostas e decidiu cancelar a viagem.

Para o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), Dilma errou ao adiar a visita porque era uma oportunidade de discutir outros assuntos importantes para o país.  “Há outros assuntos importantes que nas relações internacionais marcadas pela diplomacia presidencial são de alçada dos presidentes da República, como as questões econômicas, financeiras, comerciais”, afirmou.

O tucano disse que Dilma tem a “nossa solidariedade” em relação à espionagem norte-americana. Porém, acredita que a ida dela aos Estados Unidos reforçaria o descontentamento brasileiro com a questão. “Mas acho que ela devia ter ido para dizer na lata ao presidente Obama, lá no Salão Oval da Casa Branca, que nós brasileiros repudiamos essa prática e queremos do governo americano explicações cabais e o fim da espionagem”, afirmou.

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Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder do partido na Câmara, aumentou o tom. Disse que Dilma deveria ter um “comportamento de estadista e não um comportamento estritamente ideológico”. “O Brasil deve exigir reparação e penalização de quem cometeu espionagem, mas não cabe à presidente adotar um comportamento ideológico”, disse.

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