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PF pede prisão de empresários acusados de articular greve, afirma ministro

“Temos a convicção de que existe o locaute. Os empresários suspeitos serão intimados", diz ministro

 

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo da Presidência da República, disse que a Polícia Federal já tem inquéritos abertos para investigar a origem do movimento grevista e que já existem até mesmo pedidos de prisão. Segundo ele, o governo está convicto de que há um locaute (espécie de greve ilegal de empresas) e, por isso, está determinando a aplicação de multa de R$ 100 mil por hora aos donos das transportadoras que não voltarem ao trabalho.

Marun concedeu entrevista após reunião que durou três horas com o presidente Michel Temer e outros sete ministros que discutem estratégias contra a crise nas rodovias. “Temos a convicção de que existe o locaute. Os empresários suspeitos serão intimados. Segundo informou o diretor-geral da Polícia Federal, já existem pedidos de prisão”, declarou.

O locaute é uma prática ilegal que ocorre quando patrões promovem uma espécie de greve em nome de seus próprios interesses, e não das reivindicações dos trabalhadores. Essa suspeita já havia sido levantada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, na última quinta-feira.

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Na coletiva, Marun evitou divulgar balanço sobre a retomada das estradas. Os números, segundo ele, só serão divulgados na tarde deste sábado. “Temos ainda situação graves na questão do abastecimento, que pretendemos normalizar no dia de hoje”, reconheceu.

Este é o sexto dia da greve de caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel. De acordo com o último balanço do Ministério da Defesa, de sexta-feira para sábado, 132 pontos que estavam bloqueados nas rodovias pelo país foram liberados pela PRF com apoio das Forças Armadas. Outros 387 permaneciam, até essa manhã, com algum tipo de retenção. Este é o sexto dia da greve de caminhoneiros contra o aumento do preço do diesel.

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