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Selma Arruda é alvo de pedido de abertura de processo pela OAB-DF


A ex-senadora Selma Arruda é alvo de pedido de abertura de processo por inidoneidade moral pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF).

A entidade, em decisão final nesta sexta-feira (29), suspendeu o pedido de inscrição feito pela juíza aposentada. Ela foi cassada pelo TSE, em dezembro de 2019, por caixa-dois na campanha eleitoral.

A relatora do processo na OAB, a advogada Karina Amorim, em sua decisão de mérito, manteve o impedimento de Selma Arruda (Podemos/MS) em exercer a atividade profissional de advogada. E demanda a abertura de processo, porque a ex-senadora omitiu informações, falseando sua real situação.

“Destaco que, em análise, com farta documentação comprobatória e decisões de diversas esferas, é possível inferir que há indícios relevantes para a abertura de processo de inidoneidade moral a ser discutida no Pleno dessa Seccional.”

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Histórico

A suspensão provisória ocorreu após a OAB do Mato Grosso ter informado à seccional de Brasília sobre a cassação do mandato de Selma Arruda.

Diante dessa informação, a OAB-DF decidiu voltar atrás da sua decisão anterior, que tinha dado o aval para que Selma tivesse autorização para exercer a profissão.

Na justificativa, Karina Amorim Sampaio Costa afirma que Selma, conhecida nacionalmente por ‘Moro de Saias’, não informou que foi condenada pela Justiça e teve seu mandato cassado.

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A ex-senadora teve o registro aceito em 6 de abril. Um mês depois, em 6 de maio, a inscrição foi suspensa.

“Em diligência aferi que a Requerente responde a processo junto ao Tribunal Eleitoral. Ante a declaração de que não respondeu a processo e ante a verificação de que responde, suspendo os efeitos da decisão de deferimento de inscrição até que a Requerente esclareça o porquê não declarou o processo e junte cópia integral para análise dessa comissão”, diz trecho do despacho.

Depois de se aposentar como juíza, Selma seguiu carreira política e foi eleita com um discurso bolsonarista em 2018. Ela foi a a senadora mais votada no Mato Grosso, com  mais de 670 mil votos.

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