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Representantes das principais centrais sindicais decidiram nesta quarta organizar protestos contra a reforma da Previdência[fotografo]CUT[/fotografo]

Centrais sindicais convocam manifestações contra a reforma da Previdência

20.02.2019 18:13 8

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As principais centrais sindicais do Brasil decidiram em assembleia, nesta quarta-feira (20), organizar protestos contra a reforma da Previdência entregue nesta manhã pelo presidente Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e outras entidades sindicais se reuniram desde cedo na Praça da Sé, em São Paulo em protesto contra as mudanças previdenciárias defendidas pelo governo. Está prevista a realização de manifestações em várias cidades do país nos dias 8 de março e 1º de maio.

>> Confira a íntegra da PEC da reforma da Previdência

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a proposta de Bolsonaro representa o fim da Previdência e da seguridade social no país. “Além de o trabalhador não conseguir se aposentar, essa reforma praticamente acaba com todos os benefícios assegurados pela Previdência. Se o trabalhador ficar doente, não conseguirá mais se afastar pelo INSS, é isso o que representa essa proposta”, criticou.

Vagner anunciou que as centrais vão tentar constranger parlamentares em aeroportos e outros lugares públicos para que eles votem contra a reforma. O governo alega que as alterações têm como objetivo acabar com privilégios e reequilibrar as contas públicas. “Privilégio é o alto escalão do Judiciário, é a cúpula militar. E a reforma não acaba com privilégios, simplesmente acaba com o direito à aposentadoria do povo trabalhador, que na maioria dos casos recebe o benefício de um salário mínimo pra sobreviver”, afirmou o presidente da CUT.

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Entre os principais pontos criticados pelos sindicalistas estão a fixação de uma idade mínima para a aposentadoria (de 65 para homens e 62 para mulheres), o novo regime de capitalização, cujos detalhes serão tratados por projeto de lei, e o tempo de transição de dez a 12 anos. A proposta enviada pelo ex-presidente Michel Temer previa 20 anos de transição. A PEC de Temer, no entanto, não chegou a ser votada pelo plenário.

Por meio de nota, a Força Sindical disse que a reforma é “uma perversidade que só prejudica os trabalhadores menos favorecidos economicamente”. “O novo sistema vai aumentar em cerca de dez anos o tempo de trabalho. Por exemplo: um homem que começa a pagar o INSS com 20 anos, terá de contribuir por 45 anos para ter o direito de se aposentar. Ou seja: vai ter de pagar mais para receber a mesma coisa”, afirma o presidente da entidade, Miguel Torres.

O Congresso em Foco antecipou nessa terça-feira (19) as principais mudanças propostas pelo governo. A PEC da reforma da Previdência altera os regimes de aposentadoria de quase todas as categorias de trabalhadores – os únicos não inclusos no texto são membros das Forças Armadas, policiais militares e bombeiros, que serão contemplados, segundo o Executivo, em um projeto de lei paralelo. O regime geral da previdência prevê idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres ao final do período de transição, que será de 12 anos. Outros grupos, porém, terão regras específicas.

>> Veja como cada categoria vai se aposentar se a reforma for aprovada

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8 respostas para “Centrais sindicais convocam manifestações contra a reforma da Previdência”

  1. Angela Marcopolo disse:

    Empresas privadas devem R$ 450 bilhões (MEIO TRILHÃO) à Previdência. A cada 15 anos os empresários caem no lombo dos trabalhadores e fazem eles cobrirem o rombo. O fator previdenciário do FHC não ia resolver o problema?

  2. Bento Sartori de Camargo disse:

    Essa corja de sindicalistas servem para que mesmo?. Fora, cambada de vagabundos inúteis!. Vão achar o que fazer trabalhando de verdade seus bundões!.

  3. 13582196 disse:

    Esses analfabetos funcionais adoradores da mandioca não são capazes de fazer as contas necessárias para provar que vai mesmo prejudicar os pobres.

  4. ezequiel-sp disse:

    Na altura do campeonato pra que precisamos de sindicatos? Pra fechar a Ford em SP? – me poupem..eles atrasam o país..

    • Angela Marcopolo disse:

      É verdade, era só pedir para o Queiroz que ele conseguiria vender a produção inteira de caminhões. ‘Se precisar fechar, fecha’, diz secretário de Guedes sobre a GM. Para que sindicato, para atrapalhar na hora de botar o brasileiro na rua?

      • ezequiel-sp disse:

        Acorda mulher..E eu ai com o queiroz? eu quero que o páis volte pra normalidade..O PT ficou 16 anos e os contras querem tudo resolvido em 1,6 meses..me poupe…

  5. Ernesto Freire Pichler disse:

    A única reforma da previdência admissível seria a de aumentar seus recursos, acabando com as isenções fiscais e cobrando as dívidas das grandes empresas. Nada de sacrificar ainda mais o povo.

    • Angela Marcopolo disse:

      Perfeito, os empresários devem MEIO TRILHÃO e pagam robozinho para eleger seu candidato. Agora é só fazer o povo trabalhador pagar esses R$ 450 bilhões, para eles poderem zerar a conta e dar novo calote. Esta reforma é o CONFISCO da Aposentadoria. O Bolsonaro é o novo COLLOR.

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