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O ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o presidente do MDB, Baleia Rossi. [fotografo] Edu Andrade / Ministério da Economia [/fotografo].

Defesa de teto e redução de despesas deu tom de jantar entre Guedes e Maia

06.10.2020 12:57 0

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O jantar realizado na noite de segunda-feira (5) na casa do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas e que reuniu parte da cúpula política de Brasília foi marcado pela defesa do teto de gastos e de medidas que diminuam as despesas da máquina pública.

O evento foi articulado com objetivo de fazer uma demonstração pública de que houve uma reconciliação entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ambos protagonizam há um mês uma série de rusgas.

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O Congresso em Foco ouviu o relato de um dos presentes que disse que muito participantes citaram em algum momento uma sugestão de financiamento para o novo programa social almejado pelo governo federal.

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Entre as sugestões apresentadas estava uma medida que acaba com os supersalários no funcionalismo público, ou seja, que limitasse os rendimentos dos servidores a R$ 39.293,32, o teto do funcionalismo. Hoje, muitos funcionários conseguem ultrapassar essa barreira por conta do acúmulo de benefícios e gratificações na carreira.

A obediência a emenda constitucional do teto de gastos foi defendida. A regra fiscal aprovada pelo Congresso no final de 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), estabelece que as despesas públicas não podem crescer a um nível superior ao índice de inflação do ano anterior.

“É consenso [o teto de gastos] porque isso é um símbolo fundamental, mas não pode continuar fazendo o que fizeram porque há 15 dias, 20 dias furaram o teto com a decisão do Congresso para o Ministério Público da União pagar salários, férias. Isso também não dá porque perde qualquer lógica de responsabilidade fiscal. Fizeram aquelas reclassificações na AGU, não sei o que, então isso deteriora ainda o processo”, declarou ao Congresso em Foco um dos presentes no jantar.

Também foi sugerido o aumento das alíquotas do Imposto de Renda de pessoas físicas para quem ganha salários acima de R$ 50 mil.

A fonte ouvida pelo site disse que, por ser uma reunião inicial e com muitas pessoas, não foi batido o martelo em relação a nenhum trecho. Rodrigo Maia, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os ministros se comprometeram a fazer novos encontros para que seja formada uma agenda mínima na economia e que pautas importantes, como o novo programa social e a reforma tributária sejam aprovados ainda em 2020.

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“Ontem cada um falou, defendeu a necessidade de fazer uma coisa mais integrada com a participação de todo mundo. Temos que ter muita preocupação com a economia, a retomada do crescimento. A partir agora é fazer uma agenda mínima, ver o que toca primeiro, deixar que tudo caminhe simultaneamente , isso precisa sincronizar e só sincroniza conversando”, afirmou o político ouvido pelo site.

 

Além de Bruno Dantas, Guedes, Maia e Davi, estavam presentes no jantar dessa segunda os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Kátia Abreu(PP-TO), o presidente do TCU, José Múcio Monteiro, o ministro do TCU Vital do Rêgo,  o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e o presidente do MDB e líder da sigla na Câmara, Baleia Rossi (SP).

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