Ícone do site Congresso em Foco

Sem avanços, deputados debateram mudanças na Previdência dos Militares

Os deputados debatem mudanças da reforma da previdência dos militares

Foi debatido, na tarde desta terça-feira (15) o texto do relator Vinicius Carvalho (Republicanos-SP) que trata da previdência dos militares. O relatório que está em tramitação na Comissão Especial traz alguns pontos polêmicos, como a progressão salarial dos militares, que varia de 3,82% até 59,49%. Alguns requerimentos devem ser apresentados hoje. O Novo, por exemplo, pedirá a retirada do artigo 8º, que prevê adicional salarial como recompensa por cursos prestados.

Devido as tentativas de obstrução e de alteração do texto, a discussão não avançou muito. Porém, um acordo firmado entre oposição e governo, colocou uma trava nas possibilidades de obstrução, fechando como teto de requerimentos, os 15 que já haviam sido apresentados. Porém, a oposição conseguiu garantir votação nominal de todos os requerimentos, o que deve fazer com que as discussões se alonguem um pouco mais.

> Governo admite que privilegia altas patentes da Previdência dos militares

O relator da proposta afirmou que o projeto pretende reestruturar as carreiras. “O trabalho da reestruturação ele se entende de duas maneiras diferentes. É a questão de valorizar o mérito, a meritocracia e também de você usar uma forma para que seja um atrativo para aqueles que não estão nas forças armadas queiram estar, e os que estão não queiram sair”, respondeu.

Publicidade

“O texto já veio com a aquiescência do ministério da Economia no que diz respeito do impacto orçamentário”, revelou o relator.

Segundo ele, quando se trata dos militares das forças armadas a economia será de R$ 10,4 bilhões em 10 anos e R$ 33 bilhões em 20 anos. Com relação a inclusão dos policiais e bombeiros militares estaduais, a economia será de R$ 29 bilhões em 10 anos e R$ 91 bilhões em 20 anos.

O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) é contrário ao PL apresentado. “Um tenente brigadeiro está tendo uma variação de 59,49% dos seus rendimentos. Um segundo tenente está tendo uma variação de 3,89%”, diz Braga.

Para ele, a proposta privilegia os oficiais em detrimento dos militares de baixa patente. “Essa proposta é estruturalmente injusta. Garantiu direito e poder para quem está no topo da pirâmide e relegou por completo a possibilidade de garantir direitos para quem está  na base”, afirmou.

Publicidade
Publicidade

> Deputado do PSL contraria governo e marca votação da regra de ouro na CCJ

> Decisão que pode soltar Lula beneficia quase 170 mil presos em segunda instância

Catarse

Sair da versão mobile