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Projeto que altera Fundeb é de autoria da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende. Foto: Agência Câmara

Especialistas criticam projeto que pode obrigar volta às aulas presenciais

20.04.2021 16:58 3

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O Projeto de Lei 5595/2020, que permite a volta às aulas presenciais durante a pandemia e que estabelece a educação como “serviço essencial”, pode ser votado nesta terça-feira (20) no plenário da Câmara dos Deputados. Mesmo após as mudanças da relatora, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP),o texto ainda sofre resistências por parte da presidente da Comissão de Educação da Câmara e da organização Todos Pela Educação.

Entre as mudanças no texto original previstas pelo relatório de Joice estão a garantia de autonomia de estados e municípios e a inclusão de protocolos sanitários para “garantir uma volta segura” dos estudantes e professores (leia o relatório na íntegra).

De acordo com a deputada professora Dorinha (DEM-TO), presidente da Comissão de Educação da Câmara, a principal contradição no novo texto do PL tem característica “conceitual” e se dá porque, mesmo estabelecendo protocolos sanitários para o retorno às aulas, a proposta ainda tem trechos que “obrigariam a volta às aulas presenciais”.

“O que eu ainda critico é a obrigatoriedade de ser tudo presencial, mesmo com protocolos estabelecidos. Isso fica incoerente porque a segunda parte do relatório estabelece os protocolos sanitários, mas na primeira parte o texto ainda obriga aulas presenciais. Como eu estabeleço protocolos para serem seguidos se ela obriga a voltar as aulas mesmo sem protocolos?”, questionou a deputada, ao Congresso em Foco. Ela também informou que já sugeriu que a relatora trabalhe a “adequação do projeto”.

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O relatório de Joice também resgatou, na íntegra, inúmeros trechos do parecer que a deputada professora Dorinha apresentou em 2020 sobre o PL 2.949/2020. Esse projeto, de autoria do deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), já estabelecia uma série de regras, protocolos sanitários e estratégias para o retorno às aulas em meio à pandemia, mas nunca chegou a ser incluído na pauta da Câmara, mesmo estando pronto para votação, em regime de urgência, desde o fim do ano passado. A presidente da Comissão de Educação defende que essa é a proposta que deveria estar sendo votada, e não o PL 5595, de autoria da deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF).

Todos Pela Educação 

A organização sem fins lucrativos Todos Pela Educação também tem críticas ao projeto de lei (leia o comunicado do grupo). Ao Congresso em Foco, o líder de Relações Governamentais da organização, Lucas Hoogerbrugge, disse que o substitutivo apresentado pela relatora Joice representa avanços e tem uma “perspectiva melhorada”, mas reconheceu que ainda há “contradições” na proposta.

“O substitutivo desse projeto veda a não realização de aulas presenciais, mas depois fala sobre protocolos sanitários. Por isso, a dúvida que fica é: se eu fosse uma escola de um município pequeno, com poucos recursos, por exemplo, teria que voltar as aulas presenciais com todo mundo, para depois descobrir como implantar esses protocolos?”, questionou Hoogerbrugge.

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“Conceitualmente, o PL é muito interessante para nós, porque gostamos muito da ideia de colocar a educação como essencial, mas precisamos dialogar com o país que a gente tem, e não o país que queremos ter”, afirmou o representante do Todos Pela Educação.

Ele também criticou o fato do projeto de lei tramitar em regime de urgência, o que impede a proposta de ser analisada pela Comissão de Educação. “Se passasse pela Comissão, daria para trabalhar melhor o pedido de cada parlamentar. Um grupo relevante de parlamentares, entidades e outros grupos do setor da educação não gostam mesmo desse PL nem com o substitutivo e preferiam que ele fosse votado com unanimidade na Comissão, mas isso depende de acordo para acontecer”.

> Relatora prevê autonomia de estados e municípios sobre volta às aulas

> Tabata é criticada por apoiar urgência de projeto sobre aulas presenciais

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3 respostas para “Especialistas criticam projeto que pode obrigar volta às aulas presenciais”

  1. Jorge Teixeira Carneiro disse:

    Professora FUNCINHA……..kkkkkkkk

  2. Jorge Teixeira Carneiro disse:

    Ih, filhota.
    A minha filha já está em aula presencial desde fevereiro, depois do carnaval.
    Fique em casa, que você é ”’FUNÇA”’ (funcionária pública) e NÃO PRECISA TRABALHAR.

  3. ezequiel-sp disse:

    A frase,,, não nós obriguem a trabalhar…..mostra bem o que é a esquerda no Brasil

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