Publicidade

Israel Batista, líder da Frente Parlamentar pela Educação sai do PV e se junta ao PSB, partido de Alessandro Molon e Marcelo Freixo.[fotografo] Cleia Viana/Câmara dos Deputados [/fotografo]

MEC: “Qualquer nome que não venha dos olavistas é um avanço”, diz deputado

04.07.2020 18:08 3

Publicidade

O deputado Professor Israel Batista (PV-DF), secretário-geral da Frente Parlamentar Mista da Educação, avalia que qualquer um dos cotados que assuma o Ministério da Educação, que não venha da ala olavista do governo, representará um avanço em relação à gestão de Abraham Weintraub. 

Para o parlamentar, a guerra cultural patrocinada pelos apoiadores do presidente ligados a Olavo de Carvalho, que foi adotada pela gestão de Weintraub, é paralisante para a educação. 

“O Ministério não tem entrega de serviço: no meio da pandemia, com escolas fechadas, o ministro Weintraub mandou avisar que tiraria o busto do Paulo Freire do Ministério. Como é que você prospera num ambiente árido como este? Eles criavam moinhos de vento e desembainhavam a espada”, afirmou. 

> Pressão evangélica e olavista contra Feder no MEC cresce nas redes sociais

Publicidade

Segundo o deputado, essa avaliação de que a gestão da ala ideológica à frente do MEC foi danosa para o Ministério é um ponto comum entre parlamentares da Frente da Educação, que reúne deputados e senadores de diversas matizes políticas. 

Weintraub, diz o deputado, imprimiu ao Ministério algumas características de sua personalidade, o que deixou a pasta “confusa e conflitante”. Segundo Israel, a gestão foi marcada por disputas e desentendimentos entre secretarias internas, o que despertou no corpo técnico o desejo que o trabalho volte a uma normalidade.  

Israel Batista fez uma análise dos nomes que estão na disputa pelo comando do Ministério. Segundo ele, Renato Feder, cuja nomeação chegou a ser dada como certa na manhã sexta-feira (3), agora enfrenta dificuldades que vêm da oposição das bases ideológica e evangélica do governo e de uma postura de caça às bruxas do Planalto, que costuma ser intolerante com que não estiver completamente alinhado com o presidente. Nesse ponto, o temor é que a relação de Feder com João Doria possa dar força ao governador de São Paulo, adversário da família Bolsonaro. 

O deputado relata que entre reitores e acadêmicos, o nome de Antonio Paulo Vogel de Medeiros é bem visto. Vogel é servidor de carreira da União e atualmente é o comandante interino da pasta, cargo que assumiu após ser o secretário-executivo do Ministério durante a gestão de Weintraub. 

Publicidade
Publicidade

Outro nome que disputa o cargo é Anderson Correa, atual reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). O principal ativo de Correa na disputa é o apoio de segmentos evangélicos que compõem a base de Jair Bolsonaro. 

> Em meio à pandemia, Capes avalia reduzir áreas na pós-graduação

3 respostas para “MEC: “Qualquer nome que não venha dos olavistas é um avanço”, diz deputado”

  1. Magda ferreira santos disse:

    CABE A VOCÊS BARRAREM OS DESMANDOS EVANGELICOS E OLAVISTAS, PARA ISSO FORAM ELEITOS E RECEBEM, NÃO É FAVOR NEM APENAS CIDADANIA!!

  2. Delk Kalopsia disse:

    Mas e aí, em mais de 15 anos de PT, fora mais outros de PSDB ajudaram em quê a educação? O ranking PISA é mentiroso, não é? O curso superior também decaiu apesar do alto investimento, resumindo, Brasil produz muitos artigos, mas sem força de impacto algum.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

Seja Membro do Congresso em Foco

Apoie