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PEC apresentada por Alessandro Vieira busca atribuir o comando das forças de segurança do Distrito Federal ao presidente da república. Foto: Pedro França/Agência Senado

Eleições 2022

Alessandro Vieira admite retirar candidatura ao Planalto por federação partidária

04.02.2022 07:55 0

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O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), pré-candidato à Presidência, admitiu ao Congresso em Foco que pode desistir de sua pré-candidatura à Presidência da República em favor da construção de uma federação partidária bem sucedida entre o Cidadania e outros partidos. Atualmente, o senador aparece com cerca de 1% das intenções de voto nas pesquisas.

“Desistiria sem problema nenhum desde que, haja regras claras. Caso contrário, vira uma adesão a personalidades. Hoje, ninguém tem uma colocação em pesquisas qualitativas e quantitativas de um tamanho que dê certeza de que é o melhor candidato [de terceira via]”, disse.

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Nos últimos dias, o Cidadania começou a negociar com o PSDB a formação de uma federação de partidos. As negociações foram feitas pelo presidente do Cidadania, deputado Roberto Freire (SP), e o candidato do PSDB à Presidência e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

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Além dos tucanos, a sigla do senador conversa com o Podemos, PDT e MDB. Todos estes possuem pré-candidatos à presidência da República. Sergio Moro, pelo Podemos; João Doria pelo PSDB; Ciro Gomes pelo PDT e Simone Tebet pelo MDB.

Uma vez unidos, um dos candidatos à presidência precisaria abrir mão da campanha para seguir a legenda.

Segundo Vieira, o plano do Cidadania transcende as uniões estudadas pela esquerda, como é o caso da possível união entre PT, PSB, PCdoB e PV. Das quatro siglas, apenas o PT possui pré-candidato ao Planalto: Luiz Inácio Lula da Silva.

“É diferente da federação de esquerda que está sendo discutida em torno do Lula. O Lula tem um tamanho que deixa muito claro que não tem nenhum outro pré-candidato nos outros partidos”, disse ao Congresso em Foco.

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O senador também afirma querer garantir “opções” aos brasileiros, além do eixo Lula e Bolsonaro.

“O objetivo é garantir que os brasileiros uma alternativa pra quem não quer a volta do Lula e quem não quer a permanência de Bolsonaro. Temos que apresentar alternativa que fazem os projetos reais no Brasil”, concluiu.

Minas Gerais e Rio de Janeiro seriam entraves

No meio das negociações entre o Cidadania e o PSDB, há alguns impasses a serem definidos, segundo explicou o senador. Um deles é a resistência dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. A executiva do Cidadania no estado mineiro já manifestou desagrado quanto à união partidária com os tucanos.

“Estados como Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentam uma restrição radical à possibilidade de federação do PSDB por incompatibilidade dos membros naquele estado.”, afirmou.

“A federação cria uma espécie de fusão por quatro anos, com verticalização para estados e municípios. Então, precisa-se de regras que protejam a renovação e os palanques das realidades regionais. Até o momento nós não tivemos essas regras postas com nenhum partido”, disse.

A federação partidária permite que os partidos se unam para disputar a eleição. Na prática, os partidos atuam como um só a nível federal, estadual e municipal.

Prazo de decisão

O partido de Alessandro Vieira estima que até o dia 15 de fevereiro uma decisão sobre a federação seja encerrada. “Vamos trabalhar até o dia 15 para ter a construção dessas condições [regras claras]. Se elas não existirem, votarei contra e respeitarei o resultado do colegiado”, disse.

Além dos tucanos, de João Doria, a sigla também vem mantendo conversas com o Podemos, de Sergio Moro; PDT, de Ciro Gomes e MDB, de Simone Tebet .

O prazo atual para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconhecer as alianças partidárias é até 2 de abril. As legendas, no entanto, devem fazer o pedido até o começo de março. O ministro Luís Roberto Barroso, do Superior Tribunal Eleitoral (STF), decidiu pelos registros em até seis meses antes das eleições.  A federação deve valer  por quatro anos.

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