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CPI aprova convocação de ministros da Saúde e pedidos de informação

Bolsonaro e Pazuello [fotografo] Reprodução Redes Sociais [/fotografo]

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A CPI da Covid-19 aprovou nesta quinta-feira (29) as convocações de todos os ministros que comandaram a Saúde na pandemia: o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga, e os ex-ministros Eduardo Pazuello, Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta. Também foi aprovada a convocação do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres. Todos serão ouvidos na condição de testemunha.

Foram acertadas as seguintes audiências: terça (4) os depoimentos de Mandetta e Teich, quarta (5), o depoimento um dos principais alvos das investigações Eduardo Pazuello, e quinta (6) Queiroga e o presidente da Anvisa.

Os membros da comissão considerados governistas tentam ganhar tempo prolongando o debate sobre qual dever ser a ordem de votação dos mais de 330 requerimentos. “Nós não podemos aprovar requerimentos para desviar o foco da comissão […] Nunca vi tropa de choque recorrer ao Supremo Tribunal Federal”, argumentou o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).

O senador Marcos Rogério (DEM-RO) rebateu o relator questionando porque Renan teria medo de aprovar requerimentos propostos pelos governistas.

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Às 10h44, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), determinou a suspensão da sessão por meia hora. No retorno dos trabalhos, foram aprovados, em globo e por unanimidade, todos os requerimentos de informação protocolados até o início da sessão desta quinta. As centenas de pedidos são destinados a:

Por lei, os órgãos citados nos pedidos têm cinco dias para prestar as informações. Na sessão, foram retirados os requerimentos de informações ao STF relativos aos inquéritos que apuram a disseminação de informações falsas e atos antidemocráticos.

Os senadores votaram apenas os pedidos de informação e não votaram outros requerimentos como os que pedem a convocação de mais testemunhas. Além dos quatro ministros da Saúde de Bolsonaro, há requerimentos para a convocação de outros auxiliares e ex-integrantes do governo, como Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Antônio Barra Torres (diretor-presidente da Anvisa), o ex-ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e o ex-secretário especial de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten.

Ao fim da sessão, o vice-presidente da CPI, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que ficou acordado que no dia 10, terça-feira, será apreciado o pedido de convocação do ex-secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro Fábio Wajngarten.

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Até agora, o plano de trabalho da comissão não foi divulgado oficialmente. Porém, Randolfe esclareceu que os requerimentos aprovados já tinham sido sugeridos por Renan. Assim, a versão final do plano deve ser votada na semana que vem.

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