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Deputado diz que irmão foi bloqueado no sistema do Ministério da Saúde

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva do servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, e de seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). Eles denunciaram possíveis irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo governo federal. A negociação está sob suspeita em razão do valor unitário das vacinas, considerado elevado, e da participação de uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. Mesa: chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda; deputado Luis Miranda (DEM-DF). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Luís Ricardo Miranda, à esquerda, e o deputado Luís Miranda, à direita. [fotografo]Edilson Rodrigues/Agência Senado[/fotografo]

Após protagonizar um dos depoimentos mais importantes da CPI da Covid, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda foi bloqueado no Sistema Eletrônico de Informações do Ministério da Saúde. A informação foi dada neste domingo (27) pelo seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), em seu perfil oficial no Twitter. Na última sexta-feira (27), os dois afirmaram, sob juramento, que o presidente Jair Bolsonaro sabia  das irregularidades no contrato da compra da vacina indiana e atribuiu interesse no negócio ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

Nesta manhã, Luis Miranda escreveu nas redes sociais:

O Sistema Eletrônico de Informações (SEI) comporta todas as documentações de gestão de processos do órgão. Os servidores e funcionários têm acesso ao sistema por meio da sua matrícula, um login e senha personalizada. Segundo servidores da casa, impedir o acesso ao SEI impede todo o trabalho de ser realizado. “Não temos como acessar nenhum documento, nenhum processo quando nos é retirada a senha”, disse uma funcionaria da casa, que afirmou que todo o histórico de trabalho de uma pessoa pode ser visualizado por meio da rede.

Na última quarta-feira (23), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, caracterizou como “mentiras” as denúncias dos irmãos Miranda. Ele informou que Bolsonaro pediu à Polícia Federal a abertura de investigação sobre as declarações do deputado e sobre as atividades do irmão dele. Disse ainda que o governo irá solicitar um procedimento administrativo disciplinar (PAD) à Controladoria-Geral da União (CGU) com o intuito de investigar a conduta do servidor, alegando indícios de adulteração de documentos.

O deputado Luis Miranda  afirmou, nesse sábado (26), que Bolsonaro terá uma “surpresa mágica” se confrontar sua versão sobre o encontro que tiveram em 20 de março no Palácio da Alvorada. Ele afirmou ter como comprovar “na hora certa” o teor da conversa que tiveram no Palácio da Alvorada.

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