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Fugindo da miséria em seu país natal, haitianos vivem em condições precárias em Brasiléia
“Está acontecendo no Acre um processo de imigração maciça, principalmente de nacionais oriundos do Haiti”, afirma o presidente da comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA). “A situação do Haiti é muito grave, é o país mais pobre do continente, o Brasil mandou para lá uma força de paz, e acabou virando referência. Segundo o governador [Tião Viana] me falou, 5 mil pessoas já entraram no Acre ilegalmente. A maioria é de haitianos, mas também há pessoas de outras nacionalidades, inclusive da África”, disse Pellegrino ao Congresso em Foco.
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Na semana passada, o senador Jorge Viana (PT-AC), ex-governador do estado e irmão de Tião, relatou ter encontrado, em visita à cidade de Basileia, 1.300 haitianos em situação ilegal. O número corresponde a 10% da população do município, onde os imigrantes estão acampados em um clube, em condições precárias, recebendo alimentação do governo estadual. A situação levou o governo local a decretar estado de emergência em Basileia e em Epitaciolândia, cidades que fazem fronteira com Peru e Bolívia.
“Problema gravíssimo”
Além de Tião Viana, participarão do debate na Câmara dos Deputados representantes dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores. De acordo com Nelson Pellegrino, a Comissão de Relações Exteriores quer tomar conhecimento das providências que estão sendo tomadas pelo governo para fazer frente aos problemas emergenciais de hoje e discutir qual a política de imigração seria mais adequada para o país.
![nelson pellegrino_alexandra martins_agcamara](https://static.congressoemfoco.uol.com.br/2013/04/nelson-pellegrino_alexandra-martins_agcamara.jpg)
Pellegrino defende a adoção de medidas emergenciais nas fronteiras para evitar "problema gravíssimo"
No Ministério das Relações Exteriores, aponta-se como prioridade o combate aos chamados coiotes, profissionais pagos para colocar imigrantes ilegalmente no país. Na última quarta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou o envio ao Acre de uma força-tarefa federal, reunindo funcionários dos dois órgãos e ainda dos ministérios do Trabalho e da Saúde.
O governo brasileiro busca uma fórmula de apoiar as imigrações para o país, desde que elas sejam feitas dentro da legalidade.
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