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Brasília: pouca gente do lado pró-Dilma, e praticamente ninguém do lado pró-impeachment
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Durante a manhã, manifestantes contrários ao impeachment acompanhavam o discurso de Dilma por celulares, alguns ligados a caixas de som. À tarde, um trio elétrio passou a transmitir o áudio da sessão. Aos 54 anos, a professora Zulma Gomes Fonseca Raposo veio com um grupo do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais para acompanhar a defesa da presidente afastada.
“Estou aqui pelo fato de Dilma representar as mulheres brasileiras. O que está causando essa bagunça toda é justamente esse vontade de impedir que a mulher chegue ao poder. É por isso que estou aqui, pelo machismo”, explica Zulma.
Se de um lado havia um grupo pequeno de manifestantes, do outro o cenário era ainda pior: a via interditada na Esplanada estava vazia. Enrolada em uma bandeira do Brasil, dona de casa Marília Cassol, 47, é de Santa Maria (RS) e estava entre os únicos presentes no lado pró-impeachment. “Nossa manifestação aqui está pequena porque as pessoas vão vir depois da votação. Para a festa, para a comemoração”, prevê Marília.
“Acho que eles estão dando o último suspiro”, disse, em referência aos manifestantes do outro lado do muro.
Segundo a ativista do Nas Ruas, Kelly Bolsonaro, a previsão é de que a mobilização em favor do impeachment comece no final da tarde, por volta das 17h, quando um carro de som e um telão estarão montados no local. A organização não estimou uma expectativa de público, e justifica a ausência de mobilização durante o dia. “Está vazio porque as pessoas trabalham. No final do dia devem vir mais pessoas para cá”, avalia.
![protesto-senado-impeachment](https://static.congressoemfoco.uol.com.br/2016/08/WhatsApp-Image-2016-08-29-at-15.45.03-300x225.jpg)
Enrolada na bandeira do Brasil, Marília Cassol espera manifestantes para "comemorar" a saída de Dilma
A estrutura de carro de som e telão será mantida para amanhã (30), quando está prevista a realização da votação final do julgamento – que poderá se estender até quarta-feira (31). “Se a votação for atravessar a noite a gente vai continuar aqui e acompanhar daqui a festa. Amanhã vai ter champagne, vai ter coxinha à vontade para todo mundo”, garante a ativista.
Manifestações contra o impeachment encabeçados principalmente por movimentos como o dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) acontecem também em pelo menos mais seis cidades. Em Moreno (PE), Fortaleza (CE), Campina Grande (PB) e Salvador (BA) os manifestantes já estão nas ruas. Estão previstos, ainda, atos pró e contra o impeachment em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e outras capitais por volta das 17h.
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