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pauta ambiental

Ato pela Terra traz artistas para a Esplanada. Veja a programação

Foto: Divulgação

Contra projetos de impacto ambiental como as propostas que facilitam a mineração em terras indígenas, a flexibilizam as regras de licenciamento e a ampliação do número de agrotóxicos no Brasil, artistas e integrantes de coletivos se uniram para levar à Brasília o “Ato pela Terra“. O movimento toma a Esplanada dos Ministérios na tarde desta quarta-feira (9), puxado por nomes como o do cantor Caetano Veloso.

Outros cantores confirmaram presença, entre eles Seu Jorge, Criolo, Daniela Mercury, Maria Gadú, Emicida, Natiruts, Nando Reis, Baco Exu do Blues.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e representantes de movimentos como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) também participam.

Programação do Ato pela Terra

A agenda do Ato pela Terra será dividida em dois momentos.

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A concentração está marcada para começar a partir das 14h na Avenida das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional. Às 15h ambientalistas e representantes de organizações sociais participam de uma audiência pública no Senado. Eles irão conversar com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentação de um documento.

Em seguida, às 16h, o grupo volta para a área externa do Congresso onde estará montado um trio elétrico onde haverá os discursos.

Inicialmente não está previsto show, mas existe a possibilidade de que Caetano Veloso faça uma rápida apresentação musical.

Ainda como parte da agenda desta quarta, o grupo de artistas e lideranças que compõem o movimento Ato pela Terra solicitou uma reunião com ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar possíveis medidas a serem tomadas caso os projetos sejam aprovados. Isso porque o órgão só tem a prerrogativa de agir uma vez que os textos sejam aprovados e sejam, de fato, uma lei. A previsão é de que essa reunião ocorra no final da manhã, antes do ato na Esplanada.

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“Pacote da destruição”

O conjunto de projetos contra os quais o movimento protesta tem sido chamado por ambientalistas e ativistas de “pacote da destruição”.

Na lista está, por exemplo, o Projeto de Lei 191/2020, que determina a legalização da exploração mineral de terras indígenas na Amazônia.

Segundo  coordenador da Frente Ambientalista na Câmara, o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), a aprovação do projeto se torna ainda mais provável com o prolongamento da guerra na Ucrânia. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apresentou requerimento de urgência para que o texto seja analisado rapidamente pelo plenário. O pedido será discutido na reunião dos líderes desta terça-feira (8) que definirá a pauta da semana.

Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima e um dos apoiadores do ato, conta que a manifestação foi organizada com urgência e que a expectativa é trazer a atenção da sociedade brasileira para o que deputados e senadores tentam pautar no Plenário.

“Nosso objetivo é criar uma pressão política para que os projetos não sejam aprovados, nenhum deles, ou sequer sejam colocados para votação. Estamos tentando tudo, Congresso, justiça, mobilização pública e até mobilização internacional. O conteúdo dos projetos, do jeito que está, vai piorar o caos ambiental e eternizar as políticas ambientais do Bolsonaro, que tenta a todo custo pregar que a existência da floresta está errada e que o desmatador de florestas está certo”, afirma.

Ele apontou, ainda, os projetos de lei 191/2020 e 490/2007 – que liberam atividades como mineração e hidrelétricas em terras indígenas e barram o reconhecimento de novos territórios com a tese do marco temporal; os PL 2.633/2020 e 510/2021, apelidado pelos ambientalistas de PLs da Grilagem por flexibilizarem as regras de exploração de terra na região da Amazônia Legal; e o PL 6.299/2002 que amplia a margem para autorização a inserção de novos agrotóxicos no mercado como os mais críticos.

Dentre os pontos destacados por Astrini está o fato dessas propostas terem, conforma alega, sido construídas sem o debate prévio junto a especialistas e integrantes da sociedade civil. “Não teve debate, não tem relatório, não tem discussão, não ouviram ninguém. É um processo absurdo”.

Mais de 230 movimentos sociais se engajaram e divulgaram carta de convocação de manifestantes para ir à Esplanada dos Ministérios protestar. Segundo Astrini, ônibus de vários estados do país se dirigem para Brasília neste momento para levar manifestantes ao ato.

Estagiária. Graduanda em Jornalismo pelo IESB, fez estágio no Poder 360, no Banco do Brasil e na assessoria de comunicação Mídia e Conexão.

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