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‘CPMI não vai descambar para um circo’, afirma Arthur Maia

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Presidente da CPMI dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA) Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Presidente da CPMI dos Atos Golpistas de 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA) Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro , deputado Arthur Maia (União-BA), afirmou na manhã desta quarta-feira (23) que as reuniões do colegiado não irão se transformar em um “circo’, em referência à confusão presenciada poucos horas antes na reunião do colegiado. Nesta terça-feira (22), a sessão foi encerrada depois de uma série de bate-boca entre os parlamentares.

“Não vou permitir que a CPMI descambe para um palco de circo que não vai levar a local algum”, afirmou.

Nesta manhã, Arthur Maia esteve na sede do comando do Exército, em Brasília, onde conversou com os comandantes das Forças. O objetivo do encontro foi tratar da situação de militares investigados pela comissão, como é o caso do tenente-coronel  Mauro Cid, antigo ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A CPI apura ainda  o contexto e a motivação das mensagens trocadas entre ele e o coronel Jean Lawand Júnior, membro do Estado Maior do Exército, em que o coronel cobrava o ajudante de ordens a respeito de uma articulação para convencer o ex-presidente a dar “a ordem” ao Exército em um momento em que sua militância exigia um golpe militar.

Cid, que está preso desde maio, é investigado no inquérito que apura a falsificação dos dados no cartão vacinal do ex-presidente da República, além de participação nos atos antidemocráticos.

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” Sabemos que houve, sim, pessoas dentro do exército e na população que queria intervenção do Exército. É preciso aceitar a democracia”, disse o presidente da CPMI, ao final do encontro.

A  CPMI volta a se reunir na quinta-feira (24) para ouvir o depoimento de Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Reis é apontado como responsável pela movimentação atípica de recursos financeiros que tiveram como destinatário o coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro. As informações estão em relatório de inteligência financeira (RIF) produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e enviado à CPMI no último dia 11.

Editora. Jornalista formada pela UFSM. Trabalhou na Folha de S.Paulo, no G1, no Grupo RBS, no Destak e em organismos internacionais, entre outros. É mestranda na Universidade Aberta de Portugal e autora do livro A Cruz Haitiana. Ganhadora do Prêmio Esso e participante do colegiado de Inteligência Artificial da OCDE.

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