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Aprovado projeto que atualiza regras para mudança de nome no RG após casamento

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Registro Civil. Mulheres e homens que adotaram sobrenome do cônjuge terão que apresentar certidão de casamento e não apenas a mulher, como é hoje
Foto: Divulgação

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, hoje (27), o Projeto de Lei (PL) nº 6785/16, que altera as regras para emissão de carteira de identidade quando há mudança de sobrenome após o casamento. Atualmente, apenas as mulheres precisam apresentar a certidão de casamento, caso queiram alterar o nome de solteira. A exigência não é feita ao homem.

De acordo com a Agência Câmara, o PL apresentado pelo deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) propõe a alteração da Lei 7.116/83, que determina que tanto o homem quanto a mulher que tenham alterado o sobrenome após casamento deverão apresentar a certidão de casamento para pedir a identidade.

A mudança do novo Código Civil, em 2002, autorizou homens a incorporar o nome da esposa. Desde 2013, a Resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reconhece aos casais homoafetivos os mesmos direitos.

A relatora, deputada Mara Rocha (PSDB-AC), deu parecer favorável ao projeto. “A proposta busca consolidar a isonomia entre homens e mulheres no que tange à solicitação de carteira de dentidade, tendo em vista que o ordenamento jurídico permite também ao homem requerer o acréscimo do nome de família da esposa ao seu nome de casado”, afirma a parlamentar, reconhecendo que é necessário adequar a lei ao novo parâmetro legal.

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A proposta, que tramita em caráter conclusivo, já tinha sido aprovada pela Comissão de Segurança Pública, em 2017, mas foi redistribuída às comissões temáticas, após a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher pedir para analisá-la. Em junho deste ano, a Comissão dos Direitos da Mulher também aprovou a proposta, que agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

(Por Cynthia Araújo)

Fundador do Congresso em Foco. Mestre em Comunicações pela Universidade de Westminster, na Inglaterra. Trabalhou como jornalista em veículos como Folha, IstoÉ, Correio Braziliense, Zero Hora e Gazeta Mercantil, entre outros, exercendo as funções de repórter, editor e chefe de reportagem. Ganhou, individual e coletivamente, mais de 20 prêmios de jornalismo e comunicação. É servidor concursado do Senado Federal, onde está lotado na TV Senado.

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