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Em carta, Dilma alega inocência e diz que Temer é a perpetuação da crise

José Eduardo Cardozo leu a carta de Dilma e disse que ela deve depor no plenário do Senado

[fotografo]Valter Campanato/Agência Brasil[/fotografo]

José Eduardo Cardozo leu a carta de Dilma e disse que ela deve depor no plenário do Senado

A presidente afastada Dilma Rousseff enviou sua defesa em forma de carta para a Comissão do Impeachment. No texto, lido na manhã desta quarta-feira (6) pelo ex-advogado geral da União José Eduardo Cardozo, Dilma afirma que é uma mulher honesta e está sendo vítima de uma “farsa jurídica e política”. Ela ainda citou seu vice, Michel Temer e o acusou de promover “um governo sem respaldo popular”, que “não resolverá a crise porque será sempre, ele próprio, a crise”.

Leia a íntegra da carta de Dilma

Nas 30 páginas de sua carta, Dilma lembrou dos grandes desafios de sua vida e disse estar sendo vítima de uma injustiça. “Já sofri a dor indizível da tortura, já passei pela dor aflitiva da doença, e hoje sofro a dor igualmente inominável da injustiça. O que mais me dói neste momento é a injustiça”, afirmou em trecho semelhante ao seu último discurso à frente do Palácio do Planalto antes do afastamento por decisão do Senado, em 12 de maio.

A presidente confessou que cometeu erros de natureza pessoal e política, mas ressaltou que jamais foi desonesta. “Errar, por óbvio, é uma decorrência inafastável da vida de qualquer ser humano. Todavia, dentre estes erros, posso afirmar em alto e bom som, jamais se encontrará na minha trajetória de vida a desonestidade, a covardia ou a traição. Jamais desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros. Jamais fugi de nenhuma luta, por mais difícil que fosse, por covardia. E jamais traí minhas crenças, minhas convicções, ou meus companheiros, em horas difíceis”, destacou.

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Dilma disse ainda que está sendo alvo do impeachment porque não se submeteu a chantagens. “Sou alvo dessa farsa porque, como presidenta, nunca me submeti a chantagens. Não aceitei fazer concessões e conciliações escusas, de bastidores, tão conhecidas da política tradicional do nosso país. Nunca aceitei a submissão, a subordinação e a traição dos meus eleitores como preço a pagar pelos acordos que fiz”, afirmou em alusão ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A próxima reunião da Comissão do Impeachment está marcada para 2 de agosto. Na ocasião, será lido o parecer do relator Antônio Anastasia (PSDB-MG).

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