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Nas revistas: A eleição que divide o Brasil

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VEJA
Parte do conteúdo dos interrogatórios do doleiro Alberto Yousseff foi o tema escolhido para a capa da revista Veja desta semana. A reportagem afirma que Yousseff, tido como sócio do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, teria citado o nome de 28 parlamentares em sua delação premiada. O dinheiro, que vinha de propinas cobradas de empreiteiras que tinham negócios com a Petrobras em forma de doações, teria abastecido campanhas eleitorais de 2010.

Yousseff: Doação era propina

Delator diz que empreiteiras repassaram dinheiro desviado da Petrobras para a campanha presidencial do PT em 2010 e simularam contribuições legais para ocultar fraude

Antes de qualquer coisa, fique registrado que a presidente Dilma Rousseff dá como verdade o que Paulo Roberto Costa, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, vem revelando à Justiça em seu processo de delação premiada. Também estejamos de acordo que a presidente aceita como verdadeiras as notícias publicadas pela imprensa sobre o escândalo do petrolão. Foi com base no que leu sobre um depoimento de Costa no UOL que ela fez a seguinte afirmação diante de milhões de brasileiros que assistiam pelo SBT ao seu debate com Aécio Neves na semana passada:

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“Candidato, há pouco saiu no UOL o seguinte: que o ex-diretor da Petrobras afirmou ao Ministério Público Federal que o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra recebeu propina para esvaziar uma CPI da Petrobras. Por isso é que eu digo, candidato, quando a gente verifica que o PSDb recebeu propina… O que importa, candidato? Importa investigar”.

O Vírus do Pânico

Ao chegar aos Estados Unidos e à Europa, depois de alguma displicência das autoridades sanitárias, o ebola disseminou um mal difícil de controlar: o medo

Pode-se dizer, a respeito da chegada do ebola aos Estados Unidos e à Europa, que a disseminação do vírus está relativamente controlada. Não há perigo de epidemia, como já acontece na região ocidental da África. No entanto, eis aí outra certeza, o pânico virou pandemia. Na semana passada, pressionado pela desconfiança da opinião pública, Barack Obama nomeou um czar para zelar pelo controle do ebola. Em frente à Casa branca, manifestantes pediram a suspensão de voos provenientes dos países africanos de maior incidência da doença. O ateliê de vestidos de noiva e o salão de beleza por onde passou uma das duas enfermeiras americanas diagnosticadas com o vírus fecharam as portas. Há medo.

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ÉPOCA

A divisão do país entre os eleitores de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) é destaque da edição desta semana da revista Época. A severa polarização entre os dois candidatos à presidência da República levou a campanha para o nível pessoal e já se reflete em disputas acirradas dentro da sociedade. A revista traz episódios em que as diferenças de opinião entre petistas e tucanos chegaram a causar rachas dentro de famílias brasileiras.

A eleição que divide o Brasil

A disputa presidencial é a mais virulenta dos últimos 25 anos

É uma mudança histórica. O país irá às urnas em 26 de outubro cindido ao meio entre eleitores da presidente Dilma Rousseff (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB), na disputa mais virulenta dos últimos 25 anos. Nunca houve situação igual. Em 1989, na primeira eleição presidencial após a redemocratização, a disputa entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva foi igual,e te acirrada. Mas não havia a divisão geográfica entre Norte e Sul, nem a socioeconômica entre os mais ricos e os mais pobres, como há agora.

O conflito é a essência da prática política. Numa democracia, a disputa pelo poder entre grupos concorrentes passa pelo debate de ideias antagônicas sobre como governar melhor. Mas também uma dimensão moral, que se resume na seguinte ideia: um lado está certo, o outro está errado. Essa dimensão moral da política é menos permeada pela razão que pelos sentimentos. Eles se manifestam, muitas vezes, como indignação, raiva e até ódio. Somados, viram intolerância.

A tecnologia evoluiu, mas a política continua igual

Para o guru de política do Twitter, as redes sociais trazem de volta o corpo a corpo entre candidatos e eleitores, mas também trazem riscos

Em 2008, o então candidato a presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, surpreendeu seus adversários com uma estratégia inovadora nas redes sociais. Obama se dirigia diretamente ao eleitor usando o Twitter – então, um promissor site de troca de mensagens curtas. Com o garoto-propaganda de peso, o site rapidamente se tornou uma das ferramentas de comunicação mais usadas por políticos ao redor do mundo. Há quatro anos, o Twitter contratou o americano Adam Sharp. Ele fez carreira como conselheiro digital de congressistas americanos. Hoje, viaja o mundo explicando a políticos como tirar o melhor proveito das redes sociais.

ISTOÉ

Em sua reportagem de capa desta semana, a revista Istoé traz um compilado das denúncias de corrupção envolvendo o governo federal e rebate o argumento de “campanha golpista”, frequentemente usado por petistas para se defenderem. A revista cita, por exemplo, as pressões e críticas sofridas recentemente pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela condução dos processos resultantes da Operação Lava Jato. Ele é acusado por petistas de estar tentando se promover no sentido de uma eventual nomeação para o Supremo Tribunal Federal.

“Campanha golpista?” Alto lá!

PT é alvo de seus próprios erros e armações

Desde a eclosão do mensalão, os escândalos não assumiam de maneira tão escancarada a linha de frente de uma campanha presidencial, relegando ao segundo plano as propostas e as ideias dos candidatos necessárias à correção de rota almejada pela população para a melhoria do bem-estar do povo e das condições do País. A exemplo de 2006, mais uma vez o PT e o governo vão para uma eleição mergulhados em denúncias. A mais grave delas, os desvios bilionários da Petrobras em benefício do PT e de partidos aliados ao governo. E, como num filme repetido, os petistas cumprem um roteiro já bastante conhecido na tentativa de encobrir seus próprios erros.

Reagem não só como vítimas, mas imbuídos de certa arrogância, como se pairassem acima dos demais partidos e instituições. Em resposta à divulgação de áudios em que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef revelam que 3% de todo dinheiro desviado dos contratos da estatal abasteceram o PT e a campanha de 2010, a presidenta Dilma Rousseff acusou a oposição de usar as investigações para dar um golpe no País. “Na véspera eleitoral, sempre querem dar um golpe.

A mentira como arma

Os dois candidatos fazem ataques e denúncias e usam dados que o adversário tenta desmentir.

Poucas vezes na história se viu uma campanha eleitoral tão agressiva e repleta de disputas de números distorcidos, acusações e um festival de mentiras. A competição entre os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) acirrou ainda mais o clima de animosidade dentro das campanhas. O tratamento entre os candidatos nas aparições públicas, especialmente nos debates, deixa claro que a mais aguerrida eleição presidencial transformou os adversários políticos em inimigos ferrenhos. Como aconteceu no primeiro turno, quando o PT investiu na desconstrução da candidata Marina Silva (PSB), o alvo agora é Aécio. Em vez de apresentar projetos para tirar o País da estagnação, Dilma optou por um gesto de desespero para virar o jogo e adota a estratégia da desconstrução do adversário, mesmo que o custo disso seja a divulgação de dados imprecisos e inverídicos. A disputa fica mais acirrada porque as estruturas de campanha cresceram absurdamente, estão mais profissionais e, a cada ano, mais caras.

As guerrilhas virtuais contratadas para alimentar notícias, boatos e até calúnias loteiam as redes sociais com o tom da guerra em andamento. Para esclarecer aos eleitores o que há de verdade nos ataques trocados entre os candidatos, ISTOÉ se debruçou nos dados oficiais e em estudos sobre alguns dos temas mais recorrentes nessa disputa. O resultado (ver quadro) é um retrato evidente de que a candidata Dilma Rousseff tem se valido muito mais de informações falsas para acusar seu adversário do que o contrário.

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