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Câmara retira exigência de CPF para acesso a benefício emergencial

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Sessão virtual do Plenário da Câmara dos Deputados. [fotografo] Michel Jesus/Câmara dos Deputados [/fotografo]

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (16), o projeto que amplia o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais e intermitentes. Com os ajustes feitos pelos deputados, o projeto terá de retornar para análise do Senado.

Depois do texto principal, foi aprovada emenda do PSB que acaba com a exigência de uso do CPF ou título de eleitor para a concessão do benefício. O cidadão deverá apresentar outros documentos, como carteira de trabalho, certidão de nascimento, certidão de casamento, RG, RANI, entre outros.

A mudança visa contornar entraves burocráticos e garantir acesso ao benefício por pessoas que estejam com o cadastro irregular.

“Milhões de pessoas habilitadas para receber o benefício passam fome em suas casas. Elas não podem ficar impedidas de receber o benefício por conta de exigências burocráticas. Mais uma vez, o Parlamento demonstra que está atento às necessidades da população e aos problemas que afligem os brasileiros”, disse o líder do PSB, Alessandro Molon (RJ).

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Também foi aprovada emenda do Psol que obriga o governo a criar mecanismos automáticos de regularização do CPF. A emenda garante, ainda, que no caso famílias monoparentais não seja necessária a inscrição do membro familiar no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) para o recebimento de duas cotas do auxílio.

Outra mudança feita é o impedimento de que bancos usem o dinheiro do auxílio emergencial para cobrir débitos de correntistas, como cheque especial. Essa alteração visa assegurar que o dinheiro seja destinado à alimentação e cobertura de serviços essenciais pelas famílias mais afetadas pela pandemia.

Impacto fiscal

O substitutivo do deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) retirou do texto a possibilidade da União garantir até três salários mínimos de trabalhadores sob o regime CLT. Pelas estimativas do Ministério da Economia, o impacto desse trecho da medida era de R$ 114 bilhões aos cofres públicos.

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Essa decisão foi antecipada pelo Congresso em Foco na manhã desta quinta-feira.

O relator também retirou um trecho que ampliava o número de aptos a receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC), cujo impacto era de R$ 20 bilhões. O total de custo fiscal da medida passa a ser agora algo em torno de R$ 10 bilhões.

Veja aqui a íntegra do substitutivo.

O projeto de lei é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e foi aprovado pelo Senado no dia 1º de abril. Ele inclui mais categorias de trabalhadores entre os aptos a receberem o auxílio emergencial de R$ 600 já aprovado pelo Congresso, como pescadores profissionais artesanais, aquicultores, motoristas de aplicativos, caminhoneiros, entregadores de aplicativo, diaristas e agentes de turismo.

O relator na Câmara ampliou ainda mais a lista de categorias de trabalhadores informais que terão direito ao benefício, entre eles esteticistas, depiladores, maquiadores e demais profissionais de beleza.

O parecer também proíbe alteração em aposentadoria, pensão ou benefício social devidos a pessoa idosa ou com deficiência ou vítima de doença grave durante o estado de calamidade pública decorrente da covid-19.

A possibilidade de suspensão de pagamentos ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) durante a pandemia foi mantida pelos deputados.

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Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB), com uma primeira graduação em Ciência Política pela mesma instituição. Passou por um estágio de dois anos na agência Bloomberg, onde cobriu Presidência da República, Congresso Nacional e Ministério da Economia.

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