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Senado aprova projeto que permite intimação por WhatsApp na Lei Maria da Penha

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Sessão remota do Plenário do Senado.[fotografo]Leopoldo Silva/Agência Senado[/fotografo]

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (3), por unanimidade, o projeto que torna essenciais os serviços de combate e prevenção à violência doméstica previstos na Lei Maria da Penha (PL 1.291/2020). 

A matéria estipula que, durante a pandemia de covid-19o registro da ocorrência de violência poderá ser realizado eletronicamente ou por telefone de emergência designado pelos órgãos de segurança pública. O texto também proíbe a suspensão das medidas de proteção à mulher, com continuidade dos prazos processuais e atendimentos, que poderão ser realizados remotamente.

Uma das inovações do texto aprovado pelos senadores é a possibilidade de intimação dos réus, das vítimas e das testemunhas por aplicativo de mensagens eletrônicas, como o WhatsApp ou similares no estado de calamidade pública. A adesão a esse procedimento de intimação,no entanto, é voluntária. Quem optar por não aderir à intimação por aplicativo de mensagens eletrônicas será intimado pelos demais meios previstos em lei.

Outra inovação é que as penas aplicáveis aos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher deverão ser aplicadas em dobro se os crimes ocorrerem durante período de calamidade pública. Como foram feitas modificações, o texto volta para análise dos deputados.

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O texto, de iniciativa da deputada Maria do Rosário (PT-RS), também torna essenciais os serviços públicos que buscam proteger, prevenir e combater a violência contra idosos, crianças, adolescentes e pessoas com deficiência. 

A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios deverão oferecer residências temporárias, em casas-abrigo ou casas de acolhimento, para as vítimas de violência doméstica e familiar, com atendimento psicológico e encaminhamento para programas de geração de renda, quando necessário, além de apoio pedagógico para crianças e adolescentes.

A relatora, senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), modificou o texto para, entre outras coisas, estipular que o poder público deverá promover campanha informativa sobre a prevenção à violência e o acesso a mecanismos de denúncia como forma de mitigar os impactos adversos do isolamento sobre o recrudescimento da violência doméstica e familiar.

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“De fato, em tempos de crises sanitárias e humanitárias, os conflitos sociais são potencializados, expondo a população mais vulnerável a níveis inaceitáveis de violência, principalmente a praticada no âmbito doméstico e familiar”, escreveu Rose de Freitas.

Leia a íntegra do relatório aprovado.
Quimioterapia oral em casa

Mais cedo, os senadores aprovaram, por unanimidade, o projeto de lei que amplia a cobertura feita por planos saúde privados a medicamentos de uso oral utilizados no tratamento domiciliar de quimioterapia (PL 6.330/2019). 

Atualmente, mesmo se o remédio for reconhecido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os convênios não cobrem os custos até que o medicamento seja registrado na  Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O texto tem como objetivo desburocratizar essa norma para agilizar o acesso a tratamentos domiciliares de uso oral contra o câncer.

O projeto, de autoria do senador Reguffe (Podemos-DF), foi relatado pelo senador Romário (Podemos-RJ). A matéria também segue para análise da Câmara dos Deputados.

Medicina veterinária

A votação do projeto que autoriza o uso da medicina veterinária a distância durante a pandemia (PL 1.275/2020) estava prevista para hoje, mas a pedido do autor, senador Wellington Fagundes (PL-MT), a matéria será arquivada.

> As últimas notícias da pandemia de covid-19

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB), com uma primeira graduação em Ciência Política pela mesma instituição. Passou por um estágio de dois anos na agência Bloomberg, onde cobriu Presidência da República, Congresso Nacional e Ministério da Economia.

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