Publicidade

De acordo com o relator Fábio Trad (PSD-MS), PEC estava engavetada desde setembro de 2020 [fotografo] Luis Macedo/Câmara dos Deputados [/fotografo]

Segunda instância

PEC da prisão em segunda Instância será votada na quarta-feira

30.11.2021 19:18 0

Notícia Em
Publicidade

Após dois anos tramitando na Câmara dos Deputados, a Comissão Especial estabelecida para analisar a PEC 199/19, comumente chamada ‘PEC da prisão em segunda instância’, anunciou a data de sua apreciação e votação na quarta-feira (1º). De acordo com o relator Fábio Trad (PSD-MS), a matéria estava prevista para ser pautada desde setembro de 2020.

Trad explica que a decisão de postergar a apreciação da PEC 199 veio do presidente da comissão, Aliel Machado (PSB-PR). “O presidente entendeu que não havia momento político propício para a sua discussão e votação. Ele agora entendeu que sim, que chegou o momento, e nós já vamos fazer a sustentação dos principais itens de seu novo relatório”, anunciou. Mas mesmo se aprovada na comissão, Trad afirma que não há ainda como ter certeza se será levada ainda em 2021 ao plenário.

O conteúdo deste texto foi publicado antes no Congresso em Foco Insider, serviço exclusivo de informações sobre política e economia do Congresso em Foco. Para assinar, entre em contato com [email protected].

Ao longo de sua tramitação, a PEC passou por uma série de mudanças que alteraram a dimensão da proposta. Originalmente seu texto previa a execução de sentenças transitadas em julgado em segunda instância no direito penal. Já a versão proposta no atual relatório expande esse efeito a todos os ramos do ordenamento jurídico, podendo valer em casos cíveis, trabalhistas ou mesmo previdenciários.

Publicidade

Se aprovada, esse efeito passa a valer somente sobre processos iniciados após a promulgação da PEC. “Eu defendo que não haja mudança nas regras no meio do jogo, então ela não retroage. (…) Eu entendo que as partes, os réus, os autores, os reclamantes e reclamados, a partir do momento em que se inicia o processo, já têm o direito de seguir aquele regramento estabelecido quando iniciou a ação”. Essa proteção, por outro lado, não se aplica a investigações criminais que ainda não estejam tramitando no judiciário.

Também ficam protegidos réus que foram absolvidos em primeira instância mas condenados na segunda. Nesse caso, a execução da sentença somente será realizada caso o réu seja novamente culpado em terceira instância, devendo haver necessariamente a condenação em duas instâncias para que a pena seja executada.

Trad considera que a PEC já possui condições para ser aprovada na Comissão Especial, mas o clima não é de unanimidade. “Existe, da parte da esquerda, o argumento de que ela pode violar o princípio da presunção de inocência. Eu não considero que estejamos violando esse princípio, uma vez que estamos garantindo o duplo grau de jurisdição. Não estamos deixando de garantir o direito de toda decisão condenatória ser revista”, declarou.

> CCJ aprova PEC dos Precatórios; texto vai a plenário

Publicidade
Publicidade

> STF arquiva investigação contra Flávio Bolsonaro em caso de rachadinhas 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Se você chegou até aqui, uma pergunta: qual o único veículo brasileiro voltado exclusivamente para cobertura do Parlamento? Isso mesmo, é o Congresso em Foco. Estamos há 17 anos em Brasília de olho no centro do poder. Nosso jornalismo é único, comprometido e independente. Porque o Congresso em Foco é sempre o primeiro a saber. Precisamos muito do seu apoio para continuarmos firmes nessa missão, entregando a você e a todos um jornalismo de qualidade, comprometido com a sociedade e gratuito. Mantenha o Congresso em Foco na frente.

Seja Membro do Congresso em Foco

Apoie