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Bolsonaro reafirmou sua posição de antagonismo ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reafirmando sua pauta de 2018. Foto: Isac Nóbrega/PR

De saída do hospital

Após receber alta, Bolsonaro diz temer por segurança durante a campanha

05.01.2022 11:58 0

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O presidente Jair Bolsonaro disse que não teme por sua saúde, mas por sua segurança durante as campanhas para a eleição deste ano. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (5) após receber alta hospitalar. O presidente Jair Bolsonaro passou dois dias internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, com um quadro de obstrução intestinal.

Questionado por um repórter sobre sua condição de saúde e as viagens que uma campanha eleitoral demanda, o presidente respondeu que o que mais o preocupa é sua segurança. Ele voltou a falar da facada que levou em 2018 durante ato de campanha em Juíz de Fora, Minas Gerais, e cobrou maiores investigações em relação ao caso.

“A minha preocupação não é com as minhas viagens, é com a segurança. Nós não sabemos até onde o outro lado pode chegar. A gente sabe que a política brasileira, depois que a esquerda se fez mais presente, como eles são agressivos, como eles têm tentado eliminar seu adversário, não interessa como”, afirmou.

Bolsonaro também falou que não está preocupado com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e garantiu que as eleições de 2022 serão limpas. Ainda assim, voltou a colocar em dúvida a lisuda do sistema eleitoral brasileiro comentando sobre o que ele define como “fragilidades da urna eletrônica”, às quais afirmou que estão sendo questionadas pelo Ministério da Defesa.

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“As forças armadas foram convidadas pelo ministro Barroso para participar das eleições. Aceitamos. Para participar de todo o processo eleitoral, sem exceção. E a Defesa agora fez alguns questionamentos sobre fragilidades da urna eletrônica. Então estamos aguardando a resposta do TSE, pode ser que ele nos convença que estamos errados, agora se nós não tivermos errados pode ter certeza que algo tem que ser mudado no TSE. E não vai ser com bravata, de quem quer que seja no Brasil, que nós vamos aceitar o que querem impor à nossa população”, disse.

Inquérito da facada

À época candidato à presidência, Jair Bolsonaro foi atacado e levou uma facada na barriga durante comício em 2018. As investigações apontaram Adélio Bispo como o autor da facada, que posteriormente assumiu o crime.

Adélio cumpre pena em regime fechado no presídio federal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, desde 2018. Ele foi absolvido pela Justiça por ser considerado incapaz de responder por seus atos, mas continua recluso uma vez que no entendimento dos juízes é uma pessoa considerada de alta periculosidade e sua liberdade poderia representar perigo a terceiros.

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A Polícia Federal (PF) já concluiu duas vezes que Adélio agiu sozinho no atentado, e decidiu pelo arquivamento do caso. Mas depois de pressões de aliados de Bolsonaro, o caso foi reaberto em novembro para apurar quem custeou os honorários do advogado de defesa de Adélio.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o delegado escolhido para dar continuidade ao inquérito é Martin Bottaro Purper, de 43 anos. Em 17 anos na corporação, o delegado tem em seu currículo trabalhos contra a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital), apontada como a maior facção do país.

Queda de Flávia Arruda

Ainda durante a coletiva, o presidente descartou a possibilidade de exoneração de Flávia Arruda (Secretaria de Governo), em meio à pressões de partidos pela queda da ministra.

Durante a fala, Bolsonaro defendeu a permanência de Arruda no governo e disse não saber onde a ministra está errando. “Onde a Flávia Arruda está errando? Desconheço onde ela esteja errando. Se por ventura ela estiver errando eu chamo e converso com ela. Ela não será demitida, jamais pela imprensa”, disse o presidente.

Parlamentares articulam para a saída da ministra da pasta por apontarem que Flávia Arruda está descumprindo acordos de pagamentos de emendas que foram prometidas para 2021. Deputados e senadores também estão insatisfeitos por não terem suas ligações atendidas e acusam a ministra de “sumir” durante as festas de final de ano.

Bolsonaro afirmou que o nome da ministra foi indicado ao cargo por competência, não para atender pedidos.

“A indicação da Flávia Arruda foi minha. E porque eu a indiquei, não é por ser mulher, por nada, é pela competência dela, ela foi relatora do orçamento. Ninguém ligou pra mim. Ninguém pede a cabeça de ministro como acontece no passado.”

> Bolsonaro recebe alta após dois dias internado por obstrução intestinal

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