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Após demissão de Milton Ribeiro

Feliciano: bancada evangélica não indicará novo ministro da Educação

28.03.2022 18:08 0

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O deputado Marcos Feliciano (PL-SP), um dos expoentes da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, descartou que a bancada pretenda indicar o nome do futuro ministro da Educação, após o pedido de demissão de Milton Ribeiro, envolvido no suposto esquema de corrupção batizado de Bolsolão do MEC. “A bancada não fez indicação no passado. Não indicou Milton. E não indicará no presente”, declarou o parlamentar, que também é pastor evangélico, ao Congresso em Foco.

Presidente da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento, Feliciano manifestou-se também em sua conta no Twitter sobre o pedido de demissão do agora ex-ministro da Educação, agradecendo ao que se refere como um “gesto de coragem” de Milton Ribeiro.

“Circula pela net o rascunho de uma carta supostamente escrita pelo ministro Milton Ribeiro. Sendo verdadeira, agradeço o gesto de coragem, ainda que tardio. Desejo força para enfrentar o processo na Justiça. Que Deus lhe abençoe. Vida que segue”, escreveu o deputado do partido do presidente Jair Bolsonaro. Minutos depois a autenticidade da carta entregue pelo ministro ao presidente Bolsonaro foi confirmada pelo Planalto.

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Feliciano havia feito um apelo, pela manhã, para que o ministro se afastasse. “Caro ministro Milton Ribeiro, por sua saúde emocional, por sua família que deve estar sofrendo, por nós evangélicos que estamos sendo triturados, pelo presidente Jair Bolsonaro, que em um ano tão importante está sendo arrastado para essa história estranha, não retarde seu licenciamento!”, declarou Feliciano.

A exoneração de Milton Ribeiro foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. Veja abaixo a íntegra da carta entregue pelo ex-ministro a Bolsonaro.

Desde o dia 21 de março minha vida sofreu uma grande transformação. A partir de notícias veiculadas na mídia foram levantadas suspeitas acerca da conduta de pessoas que possuíam proximidade com o Ministro da Educação.

Tenho plena convicção que jamais realizei um único ato de gestão na minha pasta que não fosse pautado pela correção, pela probidade e pelo compromisso com o erário. As suspeitas de que uma pessoa, próxima a mim, poderia estar cometendo atos irregulares devem ser investigadas com profundidade.

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Eu mesmo, quando tive conhecimento de denúncia acerca desta pessoa, em agosto de 2021, encaminhei expediente a CGU para que a Controladoria pudesse apurar a situação narrada em duas denúncias recebidas em meu gabinete. Mais recentemente, em _, solicitei a CGU que audite as liberações de recursos de obras do FNDE, para que não haja duvida sobre a lisura dos processos conduzidos bem como da ausência de poder decisório do ministro neste tipo de atividade.

Tenho três pilares que me guiam: Minha honra, minha família e meu país. Além disso tenho todo respeito e gratidão ao Presidente Bolsonaro, que me deu a oportunidade de ser Ministro da Educação do Brasil.

Assim sendo, e levando-se em consideração os aspectos já citados, decidi solicitar ao Presidente Bolsonaro a minha exoneração do cargo, com a finalidade de que não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do Governo Federal, que vem transformando este país por meio do compromisso firme da luta contra a corrupção.

Não quero deixar uma objeção sequer quanto ao meu comportamento, que sempre se baseou em pilares inquebrantáveis de honra, família e pátria. Meu afastamento do cargo de Ministro, a partir da minha exoneração, visa também deixar claro que quero, mais que ninguém, uma investigação completa e longe de qualquer dúvida acerca de tentativas deste Ministro de Estado de interferir nas investigações.

Tomo esta iniciativa com o coração partido, de um inocente que quer mostrar a todo o custo a verdade das coisas, porém que sabe que a verdade requer tempo. Sei de minha responsabilidade política, que muito se difere da jurídica. Meu afastamento é única e exclusivamente decorrente de minha responsabilidade política, que exige de mim um senso de país maior que quaisquer sentimentos pessoais.

Assim sendo, não me despedirei, direi um até breve, pois depois de demonstrada minha inocência estarei de volta, para ajudar meu país e o Presidente Bolsonaro na sua difícil mas vitoriosa caminhada.

Brasil acima de tudo!!! Deus acima de todos!!!

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