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"O Brasil precisa de mudanças e o novo governo está fazendo a sua parte.  Do jeito que sempre deveria ter sido. Faltava coragem e patriotismo", opina ex-coordenador do MBL[fotografo]Kutay Tanir / Getty Images[/fotografo]

O Brasil já mudou

20.12.2018 20:17 19

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Felipe Pedri *

Dia 1º de janeiro de 2019 está logo ali. Não é apenas mais um ano que está nascendo, e sim o ano que pode entrar para os livros de história como a grande virada do Brasil para se tornar uma das principais nações do mundo.

A expectativa é grande. Três em cada quatro brasileiros acreditam que o país será melhor. Faz todo o sentido, pois os sinais são muitos.

E é necessário jogar luz no trabalho do grupo mais importante do novo governo, ao mesmo tempo em que é o menos compreendido: o grupo político. Liderado pelo futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, esse grupo conta com o general Santos Cruz, Gustavo Bebbiano, Luiz Henrique Mandetta e Tereza Cristina e dá o tom da sensível mudança no jeito de fazer política E vai ao encontro dos anseios da sociedade.

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O mais delicado compromisso de campanha de Jair Bolsonaro foi, sem dúvidas, acabar com o famigerado toma-lá-dá-cá na relação do Poder Executivo com o Legislativo, que perdura por décadas. Algo como pegar a nave Brasília em “velocidade de cruzeiro” em uma direção e mudar bruscamente a rota. Foi exatamente o que a equipe de transição fez.

> Maia e Renan são favoritos para presidir Câmara e Senado, apontam líderes do novo Congresso

Onyx Lorenzoni pode ser considerado o grande algoz do toma-lá-dá-cá. Com habilidade política e força para segurar todos os grupos, egos e interesses  na montagem do governo, Onyx foi o condutor da nova relação. E isso não é de agora.

Em julho, 90 dias antes do pleito, o deputado já tinha uma lista firme de 120 deputados que apoiariam um futuro governo – resultado de um trabalho iniciado em 2017, quando o gaúcho abraçou a ideia da mudança com o então deputado Jair Bolsonaro.

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Cresceu na campanha com as bancadas temáticas abrindo apoio ao capitão. Só da agricultura foram mais de 250 parlamentares. Estava colocada na prática a ideia de que, no fim das contas, restabelece uma relação de poder verdadeira, limpa, por pautas e não por cargos.

Eleito, o novo governo partiu para a transição apoiado no mesmo ideal.

Com as bancadas temáticas, ocorre um duplo benefício: uma espécie de descentralização de poder e a conquista de maioria no Legislativo por afinidade de ideias. Algo impensável em um país que elegeu Lula, que logo após se aliou a figuras como José Sarney, Renan Calheiros e Fernando Collor.

O núcleo político avançou muito bem na conquista de maioria na Câmara e, agora, adentra o Senado. Esse é, sem dúvida, o jogo mais difícil.

Os caciques partidários não estão sabendo lidar com a nova fase da República e tentam desestabilizar Onyx. O desafio do futuro chefe da Casa Civil é simplesmente viabilizar o governo – pois, sem reformas, leia-se Congresso Nacional, não haverá governabilidade mínima.

O plano está dando certo.

O general Santos Cruz terá uma dura missão pela frente, chefiando a Secretária de Governo. Sob o seu guarda-chuva estão a Secretaria de Comunicações, o programa de parcerias de investimentos e a relação com estados e municípios. Além da tarefa complexa, o general, militar-político da transição, deve ser o articulador do círculo militar do governo com a real politik. Tarefa que não é fácil.

 

“Os caciques partidários não estão sabendo lidar com a nova fase da República e tentam desestabilizar Onyx”, diz  Felipe Pedri- Foto: Reprodução

 

Gustavo Bebianno faz parte do círculo mais próximo de Jair Bolsonaro. Presidente do PSL durante a campanha e escolhido futuro Secretário-Geral da Presidência da República, trabalha muito próximo ao chefe da Casa Civil e, como líder da pasta que dá apoio ao presidente, é peça chave no Planalto. Com forte influência sobre as bancadas do PSL, Bebbiano entende perfeitamente os desajustes iniciais da sigla que ocupou a direita do campo partidário nacional.

Nos ministérios da Agricultura e Saúde, seguiu-se a coerência. Ao unir um técnico com apoio político, foram escolhidos Teresa Cristina e Luiz Henrique Mandetta, parlamentares com grande apoio das bancadas temáticas.

Na Saúde, pasta com o maior orçamento, são latentes a corrupção  desenfreada, os conceitos de saúde pública ultrapassados e a má qualidade na assistência. Aí, mais uma vez, outra escolha do novo governo será de grande ajuda: Sérgio Moro poderá contribuir muito no processo de compliance no sistema como um todo.

Na Agricultura os desafios são outros. Com cerca de 40% do produto interno bruto, a pasta tem a missão de cuidar da área que sustenta o país. Infraestrutura para escoamento de produção, segurança no campo, segurança alimentar e temas relacionados à competitividade devem ser prioridades. Teresa Cristina tem um ótimo cenário pela frente, com o campo unido em torno do nome dela.

Ninguém muda nada se não fizer diferente. O Brasil precisa de mudanças e o novo governo está fazendo a sua parte.  Do jeito que sempre deveria ter sido. Faltava coragem e patriotismo. Não falta mais.

Feliz 2019. Feliz novo Brasil.

* Publicitário e analista político, é editor do site “Socialista de Iphone”, fundador da Banda Loka Liberal e ex-coordenador regional do Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul.

 

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Bolsonaro deve integrar toda a área de infraestrutura em superministério

 

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19 respostas para “O Brasil já mudou”

  1. Roberto Cunha disse:

    Laranja sumido, caixa 2 do Onyx, funcionários fantasmas (Nathália e Sérvulo), ministros enrolados com a Justiça … Tudo muito diferente. Eis que surge um novo Brasil!!!

  2. Fábio disse:

    Parabéns ao site por abrir espaço a um não esquerdista. É a segunda vez em um mês. Sinal de evolução e verdadeiro esforço pelo pluralismo.

  3. Dila Costa disse:

    Que matéria tendenciosa é essa? Como Brasil pode se tornar uma das principais nações do mundo com um presidente e uma equipe da extrema direita que nem assumiram o poder ainda,e já estão comprando brigas com países com ideologias políticas contrárias a deles. Vamos ser é isolados do resto do mundo, isso sim.

    • Fábio disse:

      Não é matéria, é artigo de opinião. E já decidiu torcer contra o Brasil nos próximos quatro anos? É um tiro no pé.

      • Dila Costa disse:

        Eu só aceitei seguir as notícias atualizadas do Congresso em Foco, pq na descrição dizia que era um site jornalístico que faz cobertura “apartidária” do Congresso Nacional e dos principais fatos políticos da capital federal. Se fosse para seguir sites onde jornalistas escrevem artigos de opiniões, eu assinava Veja, Época, ou outro sites online de informação aparelhados com a Direita que temos net afora
        E a propósito, se eu torcesse contra o Brasil, e estivesse a fim de dar tiro no pé, eu teria votado no Bolsonaro.

        • Fábio disse:

          Todo veículo de imprensa mescla reportagem com artigos de opinião. Pelo jeito não sabe o básico do jornalismo.
          Quanto ao seu voto, dirigido ao partido do petrolão e da maior recessão econômica da história, na pessoa de um preposto de presidiário com 32 processos nas costas, foi muito sábio mesmo.

          • Dila Costa disse:

            Que parte do: “Congresso em Foco faz cobertura [Apartidária]”, e por isso aceitei seguir o site, vc não entendeu? Que os jornalistas brasileiros são persuasivos e tentam através dos meios de comunicações manipularem a grande massa, não há a menor dúvida, pensei que aqui seria diferente, e pelo jeito me enganei.
            E quem é vc pra falar em partido do petrolão? O partido do seu candidato eleito a presidente mau entrou pra política e já está envolvido no Mensalão do Bolsogate, onde funcionários fantasmas da família Bolsonaro desviaram milhões dos cofres públicos e repassaram parte do dinheiro pra eles. (aliás os bolsominions não dão um pio sobre essa corrupção recém descoberta da família Btralha17)
            Hipocrisia tem limite, meu jovem, e é por eu viver bem atrás das margens dela, que digo com toda convicção. Tenho saudade da recessão do PT, por vc mencionada, onde o salário mínimo era valorizado, o gás era 49 reais, gasolina 2,80, churrasco todo final de semana, shoppings lotados, o povo comia bem, vivia bem, Éramos Felizes e não Sabíamos.

          • Fábio disse:

            Se realmente acreditou no conto de fadas de que aqui era um veículo apartidário e plural, é porque está tão imersa na bolha esquerdista a ponto de confundi-la com toda a realidade. Esse é um veículo da esquerda, basta ver quem são seus colunistas e a pauta que adotam. Publicaram um artigo direitista, coisa muito rara, e já ficou indignada. Não aceita nada que vá contra a histeria progressista.
            Petrolão e um funcionário fantasma são eventos proporcionalmente graves? Qual sua próxima comparação? Vai dizer também que Stálin e um ladrão de galinha estão em pé de igualdade?

          • Dila Costa disse:

            Minha indignação estenderia facilmente até mesmo com um site de esquerda cuja descrição dissesse ser “apartidária”, e no entanto criasse matérias direcionadas.
            E não se iluda, pois quem está imerso em bolhas surreais, totalmente fora do contexto são pobres coitados alienados e manipulados pela direitalha, que fizeram arminhas com a mão, votaram no B17, acreditando que ele era honesto e que montaria uma equipe de homens íntegros e comprometidos em fazer um governo limpo, e hoje mesmo vendo que deram com burros n’água, não dão um pio contra o domador de Patos.
            E sobre os funicionários fantasmas da família BolsoForte, não foi hum (1), foram vários, começou com a Wal do Açaí, e já tem outros deles até em Portugal. Se o MP, a Policia Federal tiverem coragem de investigar a fundo esse modelo de desviar dinheiro público, veremos que o Petrolão ficará no chinelo.
            Sobre Stálin, percebo que ele vive mais na boca da direitalha do que da esquerda brasileira, nada tenho a dizer sobre esse verme, no momento.

  4. Roberto Cunha disse:

    Já mudou sim! Nove ministros enrolados com a Justiça e um “laranja” desaparecido … Muito muito !!!

    • Fábio disse:

      Na sua cabeça isso é igual ao petrolão?

      • Roberto Cunha disse:

        Ah, tá! O Bozo tá liberado para roubar menos, para usar “laranja”, desde que seja “menos” que o petrolão … Entendi.

        • Fábio disse:

          Não, quem tem bandido de estimação é a esquerda. Não passamos pano para a delinquência.

          • Roberto Cunha disse:

            Então como vc explica tanto ministro envolvido com a Justiça, e um “laranja” sumido? E os funcionários fantasmas?

          • Fábio disse:

            Eu sou contra. Acho que só deveriam ser indicados aqueles que estivessem acima de qualquer suspeita. Quanto ao caso do laranja, que se investiga e puna.
            Ninguém na direita vai reclamar de perseguição política para corrupto ou fazer vigília em frente a presídio, pode ter certeza disso.

          • Roberto Cunha disse:

            Esqueceu de falar dos funcionários fantasmas. E depois de tudo isso vc ainda diz que “já mudou”? Tá de brincadeira …

  5. José Andrade Andrade Andrade disse:

    Não li tudo.
    É gozação né?

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